Foto: Wilson Dias/ABr
Logo que as urnas confirmaram a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, ela falou à nação que o momento era de diálogo com todas as forças políticas existentes no Brasil. Dilma desceu do palanque e, num ato republicano, recebeu na segunda-feira (10), no Palácio do Planalto, o governador reeleito por São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin (PSDB). Alckmin solicitou ao Governo Federal apoio de R$ 3,5 bilhões para obras de infraestrutura hídrica para resolver a falta de água que atinge a região metropolitana da capital paulista e várias do interior, Itu, por exemplo.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, participou do encontro e lembrou que “desde fevereiro, quando o problema foi identificado, o governo esteve disposto a contribuir e agora tem todo o interesse em ajudar”, afirmou. Ao todo, de acordo com o Blog do Planalto, seriam oito obras solicitadas para o estado. Como de praxe, a presidenta Dilma pediu maior detalhamento do papel que cada uma exercerá, ou seja, como o investimento será transformado em ações que beneficiem o bem-estar social da população, incluindo, por exemplo, o volume de águas que chegará até o estado e número de beneficiários.
A partir dessa tratativa, o estado de São Paulo e a União criaram um grupo de trabalho para debater a situação de cada projeto e a primeira reunião acontecerá já na próxima segunda-feira (17).
Para o deputado Francisco Chagas (PT-SP) o gesto da presidenta Dilma em debater a crise hídrica de São Paulo é fundamental para o momento caótico que vive o estado de São Paulo com o desabastecimento de água. “É um grande e importante gesto da presidenta Dilma em se dispor a socorrer o nosso estado”, afirmou o petista.
Francisco Chagas lembrou que a crise de abastecimento de água em São Paulo foi verificada em 2004, quando uma CPI proposta pela Câmara Municipal investigou as razões para a crise hídrica na capital. De acordo com Chagas, a comissão detectou que se não houvesse investimento, o sistema Cantareira entraria em colapso. “Foram mais de 10 anos sem nenhum investimento no sistema hídrico do estado. Esse socorro de R$ 3 bilhões que o governo Dilma oferece a São Paulo vai contribuir para a resolução do problema, mas é importante acompanhamento e monitoramento da aplicação desses recursos”, alertou Francisco Chagas.
A ministra Miriam Belchior disse que o Governo Federal vai analisar os projetos trazidos pelo governo de São Paulo. “Na próxima segunda-feira nós teremos então uma reunião longa de trabalho onde o estado deve apresentar um maior detalhamento de cada uma dessas propostas para que a presidenta possa decidir qual será o apoio”, explicou.
Geraldo Alckmin destacou que a parceria entre o governo paulista e o Governo Federal é relevante. “É nosso dever trabalharmos juntos baseados no interesse público”, disse ele.
PT no Senado com PT na Câmara