Bohn Gass refuta acusações e pede celeridade em investigação que provará a sua inocência

BOHN GASS RECORTADO

FOTO: CRISVANO/PT NA CÂMARA

Indignado, o deputado Bohn Gass (PT-RS) ocupou a tribuna da Câmara nesta quarta-feira (29) para refutar acusações das quais foi vítima durante o período eleitoral. Com base em vazamentos seletivos de uma investigação da Polícia Federal, a mídia cita o deputado em matéria sobre um suposto desvio de recursos de contratos de crédito do Pronaf, envolvendo uma associação de agricultores do Rio Grande do Sul. “Estou sendo vítima de uma grande injustiça e quero, de forma contundente, repelir este tipo de suposição, pois ela não é verdadeira”, afirmou.

Ainda da tribuna, Bohn Gass informou que estava se colocando à disposição da Polícia Federal, do Ministério Publico e do Poder Judiciário para elucidar qualquer situação envolvendo a sua pessoa. “Coloco-me a inteira disposição e, desde já, coloco à disposição da Justiça a quebra de todos os meus sigilos (fiscal, bancário e dados telefônicos). Agora, sou eu que quero ser investigado”, afirmou.

O deputado Bohn Gass fez questão de frisar que vai exigir celeridade nessa investigação. “Vou me dirigir ao ministro da Justiça, pois não é razoável que investigações sigilosas venham a público através de vazamentos seletivos antes da conclusão do inquérito, levantando suspeitas que muitas vezes sequer são comprovadas, causando danos irreparáveis à imagem de pessoas. Não quero com isso impedir nenhuma investigação, mas exigir delas a seriedade e responsabilidade da autoridade administrativa responsável. Não é com ilegalidade que se constrói legalidade”.

Bohn Gass enfatizou que confia na Justiça. “Ela provará a minha inocência”. E acrescentou: “Espero que havendo prova de desvios de recursos no Pronaf, os responsáveis sejam severamente punidos, pois um programa dessa magnitude e importância não pode se prestar a irregularidades”.

Documentos – O deputado explicou que está se pronunciando de forma mais efetiva só agora porque teve o cuidado de solicitar, na forma da lei, o acesso aos documentos dessa investigação “para não ficar apenas com o que saiu na imprensa”. Nesta investigação houve a quebra de sigilo telefônico de algumas pessoas, e numa dessas conversas, duas pessoas comentam que há desvios de recursos dos contratos e que o deputado seria um dos beneficiários para financiar campanhas eleitorais. “Nunca recebi recursos ilegais para financiar campanhas eleitorais e minhas contas sempre foram aprovadas pela justiça eleitoral”, frisou o deputado petista.

Bohn Gass explicou que uma outra interceptação telefônica em que um dos investigados conversa com ele, o deputado relata a esta pessoa – que é dirigente dessa associação de agricultores – o andamento dos debates públicos, inclusive acompanhadas pela imprensa,  entre o Congresso Nacional, movimentos sociais do campo e o governo federal, sobre renegociações de dívidas  de agricultores.

“Nesta única conversa em que falo, em momento algum há códigos, senhas ou falas cifradas. Toda conversa é transparente, pois reflete a minha história de um agricultor, dirigente sindical e parlamentar, que ao longo de 40 anos de militância, faz a defesa da agricultura familiar, dos assentados da reforma agrária, das comunidades tradicionais, de jovens, homens e mulheres que vivem no campo e produzem alimentos. Então, senhoras e senhores, eu pergunto: Qual e a base da acusação contra mim? Isto serve para a prova? Isto é o que me faz ser  execrado publicamente?”, questionou.

Bohn Gass concluiu o discurso se dirigindo à sua família, companheiros de partido e de Parlamento e aos eleitores. “Vocês merecem e necessitam que tudo seja devidamente esclarecido. Não aceitarei passivamente esta situação. Porque a minha história é outra. É uma história de lutas e de honra, custe o que custar, tenho certeza, prevalecerá”.

Vânia Rodrigues

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