A participação das fontes de energia renováveis na matriz elétrica brasileira, que atualmente é de 78,4%, será elevada ao patamar de 86,1% em 2023. A expansão na geração de energia eólica representará fatia significativa desse crescimento. No fim de 2012, o setor eólico representava cerca de 2% de toda a capacidade instalada no Brasil. Até o fim de 2023, deverá chegar a 11%, segundo dados do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE-2023).
O deputado Luiz Alberto (PT-BA), titular da Comissão de Minas e Energia da Câmara, aponta que o crescimento desse percentual se deve, sobretudo, ao empenho do governo para o aumento das fontes de energia renováveis. “O Brasil, nos últimos 12 anos, têm sido uma referência para o mundo na área de energias renováveis, em função do esforço do governo em elevar a participação desse setor na matriz elétrica brasileira. Essa dedicação tem colaborado no combate ao efeito estufa e na redução de combustíveis fósseis”, avalia
Apenas em 2015, está prevista expansão de 6 gigawatts (GW) da capacidade instalada de energia eólica no Brasil. Isso levará o País a ocupar a segunda posição em expansão de energia eólica no mundo, atrás apenas da China, e superando a Alemanha. Em 2014, a produção de energia solar brasileira era cerca de 4,5 GW e a projeção para 2015 é de 10,5 GW. A presidenta Dilma Rousseff comentou esse crescimento nesta semana, após a Cúpula do Clima, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
“Teremos a segunda maior expansão do mundo no ano que vem, se os demais países mantiverem a expansão de hoje. É muito significativo (…), porque é uma presença de uma fonte alternativa muito importante e, ao mesmo tempo, uma fonte que está estabilizando o seu custo, está reduzindo seu custo de kilowatt instalado e também aumentando seu grau de eficiência”, avaliou.
Em relação ao potencial de geração de energia eólica, o País ocupava a 15ª posição em 2013 e deverá alcançar a 10ª este ano. Em 2015, deverá chegar à 7ª posição do ranking mundial. Atualmente, o Brasil tem cerca de 200 parques eólicos em operação.
O grande potencial brasileiro tem atraído investidores de países como Espanha, Bélgica, Portugal e Itália, e contribuído para reduzir o custo da energia eólica. O próximo leilão, previsto para o dia 28 de novembro, tem 708 projetos inscritos, totalizando mais 700 megawatts na matriz energética brasileira.
Emissão de CO² – De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a geração de energia eólica no Brasil evitou a emissão de um milhão de toneladas de CO² na atmosfera no primeiro semestre de 2014 e contribuirá para que o País chegue ao fim do ano com um recorde de 3,25 milhões de toneladas mitigadas – duas vezes mais do que o total reduzido em 2013.
A estimativa do setor é que a redução da poluição do ar graças à energia eólica se intensifique nos próximos anos, porque o País está investindo pesadamente na área. Em média, são R$ 15 bilhões anualmente na construção de parques eólicos, expandindo de forma significativa a geração desse tipo de energia e contribuindo para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.
PT na Câmara com Blog do Planalto