Na manhã desta terça-feira (9), o Café PT recebeu o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) para uma conversa sobre os recentes indícios que envolvem Bolsonaro e seus aliados. No programa, o parlamentar falou sobre as investigações e elencou provas contra o ex-presidente.
Sobre o escândalo das joias, o deputado chamou atenção para a retirada do sigilo do inquérito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que nesta segunda-feira (8) abriu o sigilo e encaminhou os autos para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“O ministro Alexandre de Moraes assina o sigilo do inquérito sobre o roubo das joias. E o que vem aí é muita prova contra Bolsonaro”, afirmou. Ele explicou que os diálogos do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, com advogados e a negociação da venda das joias estão documentados, incluindo o recebimento de dinheiro em espécie pelo próprio Bolsonaro. “Está tudo lá, fundamentado no inquérito da Polícia Federal.”
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BOMBA! Bolsonaro desviou R$ 25 milhões em joias e presentes, diz a PF. Tá tudo investigado com farto material e PROVAS! O LADRÃO DE JOIAS vai ser preso por corrupção! pic.twitter.com/JW26XQ7wdy
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) July 8, 2024
Indicações e perspectivas legais
Bolsonaro enfrenta acusações graves, inclusive pela fraude no cartão de vacinas e pelo roubo das joias. “Ele foi indiciado na fraude do cartão das vacinas e semana passada foi indiciado no caso do roubo das joias. Ele vai responder por associação criminosa, por lavagem de dinheiro e peculato. Peculato é roubo, roubo. Não tem como ele escapar,” enfatizou o deputado.
Ele destaca ainda a solidez das provas reunidas pela PF, que incluem monitoramento das atividades de Mauro Cid nos Estados Unidos. “Eles falaram tudo pelo WhatsApp, então eles pegaram tudo”, disse.
Lindbergh Farias também ressaltou o esquema de rachadinha operado dentro do Palácio do Planalto. “Pagavam as contas pessoais da Michelle Bolsonaro com dinheiro vivo. Isso é uma confissão”, disse.
As investigações também revelaram que Flávio Bolsonaro recentemente quitou uma casa de mais de três milhões de reais, cuja origem dos fundos é suspeita. “Inclusive, Bolsonaro, essa semana passada, o Flávio quitou uma casa de mais de três milhões que faltavam em parcelas, ele adiantou e pagou com dinheiro. É uma mansão.”
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Resposta da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até agosto para apresentar denúncias contra Bolsonaro. “Tendo a denúncia, o Supremo vai ter uma primeira fase, que é aceitar ou não a denúncia,” explicou o deputado.
O parlamentar prevê que o julgamento será um marco para o país, dado o volume de provas e a gravidade das acusações contra o ex-presidente.
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Extrema-direita e cenário internacional
O deputado também falou sobre a recente derrota da extrema direita na Europa, reforçando a importância da mobilização contra essas forças no Brasil.
“Você sabe que a extrema direita aqui organizou esse CPAC, esse encontro dos conservadores lá no Balneário… Um fracasso, né? Foi um fracasso e o clima estava parado,” comentou. “Foi muito importante a esquerda ter chegado na frente do Macron. Porque também derrotar a extrema direita e continuar a fazer o mesmo programa do Macron só não resolve nada”.
Desafios no Brasil
Em ano eleitoral, Lindbergh Farias ressaltou a importância de os pré-candidatos e militantes do PT estarem preparados para enfrentar a extrema direita. “A militância deve estar preparada para enfrentar esses desafios e defender nosso presidente”, disse. Ele também destacou os resultados positivos do governo Lula. “A vida do povo mais pobre está mudando, mudando a renda. O desemprego está no período mais baixo desde 2014”, afirmou.
O deputado deixou claro que a luta contra a extrema direita e a defesa do legado do governo Lula devem ser constantes. “A gente tem que fazer isso. Tem mais outra coisa, tá pra estourar aí também o outro indiciamento, que é a tentativa de golpe de Estado, a abolição do Estado democrático e de direito, porque é muito grave,” disse, ressaltando a gravidade das acusações contra Bolsonaro e seus aliados.
PT Nacional