Cenário apresentado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta segunda-feira (15) prevê a redução das perspectivas de crescimento mundial de economias historicamente mais consolidadas. Os dados desmontam a tese de economistas brasileiros que insistem em não reconhecer que a crise que assola o mundo, desde 2008, não está com os dias contados e, que, seus efeitos ainda atingem economias emergentes como a brasileira.
De acordo com a OCDE, a zona do euro continua a ser “a ovelha negra” da recuperação econômica. A organização estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, em 2014, será de 0,8%. Para 2015, a OCDE prevê um PIB de 1,1%. Entre os maiores países da zona do euro, a OCDE estimou para a Alemanha um crescimento de 1,5% em 2014 e 2015; para a França de 0,4%, neste ano e 1% em 2015, e o índice estimado para a Itália é de 0,4% , com recuperação de apenas 0,1% em 2015.
Em relação às economias emergentes como a China e o Brasil, a organização previu que a China deverá ter um crescimento de 7,4% este ano e 7, 3% em 2015. Já no Brasil, segundo a OCDE, o PIB deve chegar a 0,3% em 2014 e 1,4% em 2015.
Na avaliação do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), os dados da OCDE reforçam o que a presidenta Dilma vem debatendo com a sociedade brasileira sobre a forte crise econômica que o mundo está vivendo e que, segundo ele, reflete em todo o comércio internacional e no crescimento dos países. Para o petista, apesar desse quadro grave apontado pelo organismo internacional, “o Brasil continua gerando emprego, controlando a inflação, com massa salarial crescente e mantendo o consumo. Portanto, o Brasil tem resistido ao efeito dessas crises externas, apesar do baixo crescimento”.
De acordo com Pedro Eugênio, o quadro da OCDE mostra também que o mundo se debate em problemas muito graves onde países europeus registram alta taxa de desemprego. Ele alerta para o alarmismo de setores da oposição que tentam passar para as pessoas que o Brasil está em crise para responsabilizar o Governo. “Crise o País estava na era dos tucanos que levaram a inflação a patamares altíssimos. Nesse período, o Brasil não tinha reserva cambial, não podia importar e sofria risco total de quebradeira”, lembrou Pedro Eugênio.
EUA – A OCDE também corrigiu para baixo as estimativas para os Estados Unidos, ainda que considere que a sua expansão está no bom caminho, depois dos efeitos negativos de um inverno particularmente duro no início de 2014, com expansão de 2,1% este ano (2,6% em maio) e 3,1% em 2015 (3,5% na estimativa anterior).
Para o Reino Unido, a organização estima crescimento de 3,1% em 2014 e 2,8% em 2015. No Japão, a atividade econômica deverá aumentar 0,9% em 2014 e 1,1% em 2015.
Benildes Rodrigues com Agência Brasil