O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), manifestou hoje (18) solidariedade ao povo e ao governo cubanos contra os ataques que têm sido feitos por vários grupos de direita, em diferentes países, contra a ilha caribenha. “Há uma tentativa, de âmbito internacional, para se desestabilizar o governo cubano, numa afronta aos princípios da autodeterminação dos povos”, disse Ferro.
Ferro criticou parcela da oposição brasileira que hoje empunha a bandeira dos direitos humanos como pretexto para falar mal de Cuba, mas nunca se posicionou contra a ditadura no Brasil (1964-1985) , “que torturou e matou brasileiros”. Essa mesma hipocrisia ocorre com países que hoje criticam Cuba, omitindo-se em relação à tortura e ao desrespeito aos direitos humanos na base Guantánamo, um enclave dos EUA em pleno território cubano.
As declarações de Ferro foram feitas na manhã de hoje, durante ato em frente à embaixada de Cuba em Brasília, com a participação de cerca de cem pessoas, em apoio ao governo daquele país. O grupo era formado, dentre outros, por jovens cubanos residentes em Brasília. A intenção do movimento é mostrar solidariedade ao povo cubano e reafirmar a amizade com os brasileiros. No grupo, entretanto, havia alguns poucos protestando contra o governo Raúl Castro.
Fernando Ferro lamentou a morte do preso cubano Orlando Zapata Tamayo, morto depois de 85 dias de greve de fome, justamente no dia em que o presidente Lula chegou a Havana, no mês passado. “Expresso meu sentimento pela morte (de Zapata), mas não podemos permitir que o fato se transforme em campanha internacional contra Cuba”, disse o líder.
O líder petista sublinhou a importância dos respeito à soberania de cada país, condição essencial para a criação de uma nova ordem mundial. “Não aceitamos provocações como a que fazem contra Cuba”, disse. Ele assinalou que o primeiro passo para a plena reinserção internacional de Cuba seria o fim do embargo econômico dos EUA contra a ilha caribenha.
Ferro e os militantes foram recebidos pelo embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodriguez. O diplomata agradeceu pelo manifestação de apoio a seu país e garantiu que Cuba continuará “firme e erguida todo o tempo” contra as seguidas provocações que tem sofrido de várias partes do mundo.
Equipe Informes
