Vicentinho e Guimarães rebatem ortodoxia do FMI e defendem política econômica do PT

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O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), e o vice-presidente nacional do PT, deputado federal José Guimarães (CE), criticaram nesta semana o relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em que o Brasil é apontado como um dos países emergentes mais vulneráveis a mudanças na economia mundial.

“O FMI não tem autoridade para fazer observações críticas” sobre a economia brasileira, disse Vicentinho, lembrando que a instituição “deu a receita neoliberal que acabou com o País”, na época do governo do PSDB, entre 1995 e 2002. Já Guimarães observou que o FMI não tem moral para avaliar o Brasil, e nem “tem autoridade para dar pitaco sobre o nosso País”.

Vicentinho argumentou que o Brasil tem atuado desde 2003, primeiro com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agora com a presidenta Dilma Rousseff, para distribuir renda. “Com o nosso governo o Brasil está no caminho certo”, enfatizou o líder do PT. Quanto ao baixo

crescimento do Produto Interno Bruto Nacional (PIB) e a persistência da inflação, Vicentinho disse que os índices atuais são mais positivos do que os registrados no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele lembrou que o índice de inflação atual, com Dilma, é o mais baixo desde a criação do Real, em 1994.

Ortodoxia – Guimarães destacou que o modelo econômico ortodoxo proposto pelo FMI fracassou na Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil da época do neoliberalismo do PSDB. “O relatório divulgado agora não tem nenhuma importância prática”, afirmou.

José Guimarães relembrou que o FMI ditava as regras para a economia brasileira na época do governo do PSDB (1995-2002), resultando em desemprego, miséria e ampliação do fosso social. “No nosso governo – dos presidentes Lula e Dilma – o gasto público é para o social, para o Programa de Aceleração do Crescimento e para a distribuição de renda. Eles querem cortar gastos sociais e nós queremos aumentá-los. O Fundo deve dar conselho em outro canto”, sugeriu.

Equívoco – Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Fundo Monetário Internacional se equivocou ao divulgar relatório na terça-feira (29) dizendo que a situação das contas externas do Brasil é “moderadamente frágil” e que corre o risco de se deteriorar rapidamente em um cenário de acentuada e prolongada queda no preço das commodities (produtos básicos com cotação internacional, como minério de ferro, alimentos e petróleo, por exemplo).

Mantega afirmou que o Brasil tem um sistema financeiro sólido e pouco alavancado. “O Brasil tem uma situação bastante sólida, que nos permitiu atravessar as turbulências causadas pela retirada dos estímulos pelo Fed (Banco Central dos EUA) e isso foi superado e nos colocou à prova. Então, não faz sentido a conclusão desse relatório”, frisou.

Relatório – O informe do FMI aponta o Brasil como um dos emergentes mais vulneráveis a mudanças da economia internacional. A lista é formada por nações com inflação alta e contas externas e fiscais se deteriorando. O Fundo também aponta que o baixo desempenho da economia em países como o Brasil pode ser resultado da falta de infraestrutura adequada e baixa produtividade, e não do desaquecimento da economia global. O FMI diz ainda que o Brasil precisa priorizar investimentos como motor da atividade econômica, colocando menos peso no consumo.

PT na Câmara, com Agências

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