De um milhão de turistas que vieram assistir aos jogos da Copa do Mundo no Brasil, de 203 diferentes nacionalidades, 98% aprovaram a hospitalidade e 93% gostaram da nossa culinária. A segurança pública, que foi reforçada nas cidades-sede durante o período da Copa, foi também avaliada positivamente por 92% dos entrevistados.
Esses foram os itens mais bem avaliados, segundo o levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), feito a pedido do Ministério do Turismo, com mais de 12 mil entrevistas – 6.627 estrangeiros e 6.038 brasileiros -, desde o primeiro dia do Mundial. Dos entrevistados, a maioria (61%) nunca havia estado em nosso País – e pouca motivação teriam para conhecer o Brasil, se confiasse nas notícias dos principais jornais brasileiros.
Vários itens de avaliação que foram alvos de campanha pessimista maciça passaram pelo crivo dos visitantes estrangeiros – e com folga. O serviço de táxi, a oferta de informações turísticas e a qualidade do transporte público também foram aprovados pelo estrangeiros: oito, em cada grupo de dez, aprovaram esses serviços.
O levantamento encomendado pelo Ministério do Turismo ainda revelou que os visitantes brasileiros mostram-se mais exigentes e críticos do que os de outros países. A hospitalidade, uma das marcas do caráter nacional, elogiada por 98% dos estrangeiros, recebeu avaliação positiva de 90,5% dos turistas domésticos. A segurança foi bem avaliada por 83,8% – 8,2 pontos percentuais abaixo da avaliação dos visitantes de fora. Nos novos estádios entregues para uso público, o mesmo sucedeu: 98,2% dos estrangeiros aprovaram, contra 92% dos brasileiros.
A coleta de avaliações foi além das 12 cidades-sede onde os jogos foram realizados. Os turistas estrangeiros, que permaneceram em média 13 dias no país, estiveram em 378 municípios brasileiros, incluindo as cidades-sede. Já com relação aos turistas nacionais, 3.056.397 deixaram seus estados durante a Copa, com São Paulo à frente (858.825 pessoas), seguido pelo Rio de Janeiro (260.527), Bahia (220.021), Minas Gerais (204.425) e o Paraná (165.694).
Com tamanha mobilidade era esperado que pelo menos uma das previsões pessimistas do oligopólio de mídia – do caos nos aeroportos ou “apagão aéreo” – acabasse sendo confirmada. Mas ocorre que não houve caos nem apagão. Ao todo, os aeroportos receberam 16,7 milhões de viajantes, com índice de atraso nos voos de 7,46% – inferior ao padrão europeu (7,6%) e menos da metade do padrão internacional (15%).
Com a reforma e construção dos novos terminais, a capacidade de recepção dos aeroportos brasileiros cresceu 52%, saltando para 67 milhões de passageiros por ano, ou 236 mil movimentações, perfazendo uma média de cinco pousos ou decolagens por minuto. Tais números foram possíveis porque os pátios de aeronaves foram ampliados em 1.360 m², os terminais de passageiros cresceram 350 mil m² e foram criadas 54 novas portas de embarque e 10.300 vagas de estacionamento.
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