A partir do golpe imputado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, foi interrompida a produção da Revista do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG), importante publicação do governo federal sobre temáticas que objetivam estimular a discussão e a pesquisa sobre desigualdade de gênero, direitos e políticas para as mulheres. Para reverter o retrocesso, o governo Lula está retomando a edição da revista.
A fim de retomar o material, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, assinou na última sexta-feira (16) a Portaria nº 24, que formaliza, institucionaliza e estrutura a revista, cria o Conselho Editorial e indica os princípios para a definição da política editorial, além de outros instrumentos para garantir a publicação. Segundo o Ministério das Mulheres, a revista terá periodicidade anual.
De 2009 a 2015 foi publicada uma série de revistas sobre questões de gênero contribuindo para a atuação dos movimentos feministas e de mulheres, pesquisadoras, gestoras e público em geral, com o intuito de promover o acesso a informação e produzir conteúdo sobre temas fundamentais relacionados à participação das mulheres na política.
Nas edições passadas, foram contemplados assuntos como mulheres e poder; trabalho e gênero; autonomia econômica e desenvolvimento sustentável; mulheres no esporte, entre outros temas de destaque e relevância para a agenda de gênero.
A revista integra a estrutura do OBIG, criado em 8 de março de 2009, que consiste em um mecanismo estratégico para subsidiar a formulação e a implementação das políticas públicas para as mulheres no Brasil, e para o acompanhamento dos indicadores de desigualdades de gênero e dos direitos das mulheres.
Rede de ações
Além da revista, o Observatório congrega outras iniciativas. Exemplo é o Painel de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero. Lançado em outubro do ano passado, o serviço objetiva reunir em um mesmo espaço informações apresentadas na forma de gráficos e tabelas, para consulta da sociedade civil, gestoras das três esferas governamentais, além de pesquisadoras e jornalistas, além de permitir a produção de dados segmentados para as políticas públicas a serem implantadas nos próximos anos.
Da Redação do Elas por Elas, com informações do Ministério das Mulheres