8/1: Fátima Bezerra defende “normalidade democrática” e “soberania popular”

Fátima falou em nome dos governadores na solenidade: “A truculência e a incivilidade puseram à prova o regime democrático no país". Foto: Gustavo Bezerra

“Nossa democracia em constante processo de construção saiu inabalada, fortalecida e vitoriosa”, afirmou a governadora do Rio Grande do Norte no ato Democracia Inabalada

No dia em que “brasileiros e brasileiras disseram um eloquente não ao fascismo”, nas palavras do presidente Lula durante o ato Democracia Inabalada nesta segunda-feira (8/1), no Congresso Nacional, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), destacou em seu discurso que a data de um ano dos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes em Brasília simboliza “a volta da normalidade democrática, do respeito às instituições, da retomada do pacto federativo e da valorização da soberania popular”, e apontou a necessidade de responsabilização e punição.

“Nossa democracia em constante processo de construção saiu inabalada, fortalecida e vitoriosa. Mas precisamos estar atentos e vigilantes. E é necessário, sim, a responsabilização e a devida punição aos que ousaram tentar destruí-la. Não apenas os que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, mas os que financiaram, organizaram e incitaram a tentativa de golpe”, sentenciou a governadora.

“É necessário afirmar: sem anistia”, ressaltou, ao assinalar que não se trata de sentimento de vingança nem de revanchismo mas, acima de tudo, de um ato pedagógico.

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Confira a íntegra do discurso da governadora abaixo:

Os que atentaram contra nossa democracia, segundo ela, cometeram crime e precisam responder pelos seus atos pois a impunidade “concretiza o esquecimento e é uma afronta ao direito à memória, à verdade e à justiça”.

A luta e o dever da nação devem ser no sentido de contribuir para que o passado sombrio não seja esquecido e para que nunca mais aconteça, segundo Fátima. A pronta resposta dos poderes instituídos, juntamente com a sociedade civil, não permitiram prosperar as tentativas de golpe e nem deram margem aos que queriam flertar com o abismo.

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“O ataque às sedes dos Três Poderes não se deu à toa. Ele aconteceu porque foi exatamente essas instituições que foram firmes e fizeram prevalecer o Estado democrático de direito e a vontade popular”, salientou.

Governadora fez apelo à unidade federativa

Fátima Bezerra falou em nome dos governadores na abertura do evento, que teve a presença dos chefes do Legislativo e do Judiciário. Ao destacar a importância histórica do ato, reflexo da união em torno da inegociável democracia, a governadora do Rio Grande do Norte ressaltou que o 8 de janeiro de 2023 foi uma das páginas mais infelizes da história contemporânea brasileira.

“Não foi apenas um caso de vandalismo, muito menos um episódio isolado. O Brasil e o mundo acompanharam as urnas eletrônicas serem questionadas, o sistema eleitoral brasileiro ser atacado é uma verdadeira incitação contra o Supremo Tribunal Federal ser promovida”, lembrou, ao enfatizar a grande preocupação com o dia da eleição, depois com a posse, até chegar ao “trágico e fatídico” dia 8 de janeiro de 2023.

Ao citar a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, Fátima afirmou que o Brasil viveu o “dia da infâmia”.

“A truculência e a incivilidade puseram à prova o regime democrático no país, promovendo cenas que nunca sairão de nossas memórias”, destacou, ao falar do alívio de poder comemorar a resistência e a vitória da democracia que, segundo Fátima, tem como essência a pluralidade de ideias e de pensamentos e deve ser alicerçada no diálogo, em valores como respeito, tolerância, verdade e espírito público.

“O momento agora é de união, de cooperação, e de solidariedade federativa. Nós, governadoras e governadores do Brasil, estamos aqui, presidente Lula, para reafirmar que, para além de nossas diferenças políticas ou ideológicas, o que nos une é o amor ao nosso país, o respeito à constituição e o compromisso inarredável com a defesa da democracia”, afirmou Fátima.

“No lugar de poderes rivais, e vivendo em conflito, a Constituição os determina harmônicos, e é isso que o povo brasileiro espera de nós: união, solidariedade e responsabilidade nos destinos do nosso país”, destacou, ao fazer um apelo por um Brasil justo, inclusivo, sustentável, democrático e próspero para todos e todas.

PT Nacional

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