O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (30) duas informações relevantes com relação ao crescimento da economia brasileira. Uma delas é que a economia do primeiro trimestre de 2014 apresentou crescimento de 1,9% quando comparado a igual período do ano anterior. O outro dado, definido a partir de uma revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, elevou o índice de crescimento do País em 2013, que passou de 2,3% para 2,5%.
O crescimento de 1,9% no 1º trimestre supera a média da União Europeia (1,4%), da zona do euro (0,9%) e de países como França (0,8%) e Espanha (0,5%), de acordo com dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O índice também coloca o Brasil num ritmo semelhante ao do Chile (2%) e dos Estados Unidos (2%). Em valores correntes, o PIB brasileiro do primeiro trimestre alcançou R$ 1,204 trilhão, e a taxa de investimento foi de 17,7% do PIB.
“Esse índice de 1,9% é um indicador extremamente positivo, pois mostra que temos tido um crescimento consolidado de nossa economia. É um feito que se destaca no cenário mundial, a despeito da crise iniciada em 2008 e que ainda repercute negativamente nas principais economias. A anualização dos dados mostra que estamos no rumo certo, com geração de empregos e distribuição de renda em plena crise econômica que ainda afeta vários países do mundo. Nossa política econômica é acertada, temos índice de desemprego dos mais baixos do mundo. Os dados mostram tendência de crescimento, o que é extremamente positivo”, avaliou o líder da Bancada do PT, deputado Vicentinho (SP).
Ainda no primeiro trimestre deste ano, a agropecuária cresceu 2,8% em relação a igual período do ano anterior, com o desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no início do ano. A indústria cresceu 0,8%; a construção civil, 0,9%; o setor de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, apresentou crescimento de 5,2%; o valor adicionado de Serviços aumentou 2,0%; e o setor de transporte, armazenagem e correio (que engloba transporte de carga e passageiros) apresentou expansão de 4,0%.
Quanto à demanda interna, o consumo das famílias cresceu 2,2%, a 42ª alta consecutiva nessa comparação. Um dos fatores que contribuíram para esse resultado foi o aumento real da massa de rendimento efetivo de todos os trabalhos: 4,0% no primeiro trimestre de 2014. O consumo da administração pública também cresceu 3,4%.
Após crescer nos quatro trimestres de 2013, a formação bruta de capital fixo recuou (-2,1%) no primeiro trimestre de 2014, devido, principalmente, à queda das importações de bens de capital e ao recuo da construção e da produção interna de bens de capital.
Tanto as exportações quanto as importações de bens e serviços cresceram 2,8% e 1,4%, respectivamente. Dentre as exportações de bens, os destaques de crescimento foram: máquinas e tratores; refino de petróleo e petroquímicos; petróleo e carvão e produtos agropecuários. Nas importações, destaque para material eletrônico; metalurgia; siderurgia, peças e outros veículos e produtos químicos.
PT na Câmara, com IBGE e agências