O deputado Afonso Florence (PT-BA) mostrou ontem em plenário o eterno emaranhado de contradições em que está presa a oposição, que escolheu prioritariamente atacar a política macroeconômica do atual governo, mas sempre assiste à derrubada de suas teses quando os números oficiais são divulgados. Ele lembrou que o Brasil, assim como o restante do mundo, enfrenta desde 2008 a maior crise econômica do planeta, desde a crise do capitalismo em 1929, mas conseguiu apresentar saídas bem-sucedidas, que colocaram o País em uma situação privilegiada se comparado a economias centrais e em desenvolvimento.
Esse caminho trilhado de forma positiva, segundo o deputado, deve-se, fundamentalmente, à decisão dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma de adotarem uma série de medidas chamadas pelos técnicos de “medidas anticíclicas”. “Primeiro, garantimos e definimos investimentos públicos, por exemplo, na área da habitação, na área da logística, na área do saneamento…”, disse o parlamentar.
Para Florence, o resultado do conjunto de políticas implementadas foi permitir ao Brasil, apesar da crise, realizar superávit primário e garantir um PIB que, apesar das críticas da oposição, gira na casa dos 2,3%, o que tem garantido uma atividade econômica mais estável em relação à maioria dos países em condição similar à brasileira, inclusive de países centrais.
“E, mais do que isso, a despeito de, em um mês ou outro, uma alta da inflação, os governos de Lula e Dilma, nos períodos de aferição do desempenho da inflação, que é de 12 meses, mantiveram a inflação dentro do regime de metas. Agora, a oposição, regularmente, quer que a inflação fique no centro da meta, quando nem o governo anterior ao do presidente Lula, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, conseguiu manter a inflação dentro do regime de metas”, lembrou.
Para além do acerto da área econômica, Afonso Florence disse que há uma área com a qual não há sequer como fazer comparação– a área social. “Enquanto no período do governo FHC e dos seus antecessores houve aumento da pobreza no Brasil, nos governo de Lula e de Dilma somam-se os resultados dessa política macroeconômica que garantiram o menor índice de desemprego, o maior índice de emprego de toda série histórica brasileira, o aumento da massa salarial, o aumento do poder aquisitivo, do poder de compra dos trabalhadores e das trabalhadoras brasileiras”, detalhou.
Por fim, o deputado mostrou como o viés econômico da política está atrelado aos resultados positivos na área social. “Com essa situação macroeconômica – somada à política de transferência de renda, com o Bolsa Família, o Garantia-Safra, os Benefícios de Prestação Continuada, o Brasil Carinhoso, o Bolsa Floresta, o Bolsa Estiagem –, garantimos a subida, a ascensão social de aproximadamente 40 milhões de homens e mulheres, que saíram da faixa da extrema pobreza e entraram na faixa da classe média. Mudando a pirâmide social brasileira, caracterizando o Brasil como um País com uma economia e com um mercado interno pujante e promissor para o futuro”, completou.
PT na Câmara