O Banco Central divulgou, na última sexta-feira (26), que o gasto de turistas brasileiros no exterior em abril alcançou a cifra de US$ 2,34 bilhões, valor recorde para todos os meses desde que a série histórica foi iniciada, em 1947. Para o deputado Pedro Eugênio (PT-PE), o dado reflete o maior poder de consumo do povo brasileiro e confirma o momento positivo da economia.
“Na última década, inclusive com o quadro de valorização cambial, o nosso crescimento econômico tem estimulado a classe média a viajar mais. Muitas pessoas de renda mais baixa ascenderam socialmente e também passaram a viajar e a ter condições de bancar uma viagem para o exterior. Isso é muito bom para a economia”, ressalta o parlamentar.
No acumulado de 2014, até abril, as despesas de brasileiros no exterior somaram US$ 8,21 bilhões, o que significa aumento de 1,7% sobre o mesmo período do ano passado, quando o montante gasto foi de US$ 8,08 bilhões.
Os dados do Banco Central apontam um crescimento vigoroso e contínuo dos gastos no exterior a partir de 2006. Naquele ano, os brasileiros gastaram US$ 5 bilhões fora do País. Já em 2013 o valor foi de US$ 25,3 bilhões, contra US$ 22,2 bilhões em 2012 e US$ 21,2 bilhões em 2011. Entre 2006 e 2013 o crescimento foi de mais de 400%.
A nota divulgada pelo BC também informa que US$5,2 bilhões ingressaram no País na forma de investimentos estrangeiros diretos. Além disso, as reservas internacionais totalizaram US$378,4 bilhões em abril, aumento de US$1,2 bilhão em relação ao mês anterior.
Exportações – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) divulgou, nesta segunda-feira (26), que a média de exportações diárias para os Estados Unidos aumentou 17,4% no primeiro quadrimestre do ano, em comparação ao ano passado. E as compras da China também aumentaram 15% no mesmo período. Apesar da queda de 5,4% do valor exportado, o aumento das vendas para os EUA confirma a recuperação da maior economia do mundo e isso é mais um motivo de otimismo para o Brasil, avalia Pedro Eugênio.
O parlamentar lembra que, “ao contrário do que a oposição conservadora alardeia”, o Brasil não deixou de lado as relações comerciais com os EUA. “O que o Brasil fez foi ampliar e diversificar suas relações comerciais, reforçando o diálogo com mercados e países menores, mas importantes por conta do potencial de crescimento e das relações culturais que possuímos. Isso é fundamental porque não temos mais uma dependência dos EUA ou da Europa ou de quem quer que seja e isso diminui a nossa vulnerabilidade, uma vez que se há alguma queda das importações destes grandes mercados, o impacto não é tão grande quanto no passado recente”, explicou Pedro Eugênio.
Rogério Tomaz Jr.