A tentativa abjeta feita por Jair Bolsonaro de explorar o drama dos brasileiros que lutavam para deixar a Faixa de Gaza naufragou vergonhosamente, mostra levantamento do Instituto Quaest. O grupo deixou o Egito rumo ao Brasil nesta segunda-feira (13).
Na semana passada, o ex-capitão teve a cara de pau de afirmar que a autorização para que o grupo de brasileiros e familiares próximos deixasse a zona de conflito era resultado de ações suas. A análise da Quaest mostra que apenas seus desavisados seguidores acreditaram nessa lorota.
O instituto analisou tudo o que foi dito na internet sobre o assunto entre as 15h de quinta (9) e as 15h de sexta (10). Resultado: 74% do que foi compartilhado nas redes relacionava o resgate dos brasileiros ao governo Lula.
“(Após as declarações de Bolsonaro) Cresceram as manifestações nas redes em favor do ex-presidente. Mas nada que significasse uma virada de cenário. (…) Bolsonaro até conseguiu convocar seus soldados digitais para a guerra, mas não conseguiu furar a bolha”, resumiu o diretor da Quaest, Felipe Nunes, na rede social X.
🚨🚨🚨GUERRA DE NARRATIVAS!
Na era da polarização extrema, nem o conflito Israel-Hamas conseguiu ficar de fora do processo de politização que vem marcando a disputa dos lados no Brasil.
Depois que a diplomacia brasileira anunciou o acordo para trazer de volta os brasileiros… pic.twitter.com/Z3FyNPrSNn
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) November 10, 2023
Não poderia ser diferente. O Brasil inteiro viu que o governo Lula agiu com rapidez para proteger os cidadãos brasileiros que se encontravam em Gaza, em Israel e na Cisjordânia desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O primeiro voo para trazer brasileiros de volta ao país ocorreu em 11 de outubro, apenas três dias depois do início do confronto. Desde então, outros nove voos foram realizados, incluindo aquele para trazer o grupo de Gaza (veja na imagem abaixo).
Desde então, o governo Lula resgatou 1.477 pessoas e 53 pets, numa operação que envolve cerca de 150 militares e 37 profissionais de saúde e serviu mas 3 mil refeições em 315 horas de voo sobre 16 países.
É mesmo muita cara de pau de Bolsonaro tentar ganhar algum crédito sobre uma ação tão bem executada pelo Itamaraty sob gestão de Lula.
PTNacional