O mercado internacional deu a resposta mais contundente e, ao mesmo tempo, contraditória aos bombardeios deferidos nos últimos tempos contra a Petrobras, já que os recursos captados pela empresa no exterior são a comprovação da confiança dos investidores no seu futuro. No primeiro trimestre de 2014, a Petrobras captou R$ 53,9 bilhões, principalmente pela emissão de bonds nos mercados americano e europeu, o que permitiu terminar o trimestre com uma sólida liquidez de R$ 78,5 bilhões em disponibilidades.
Só para exemplificar, a Petrobras conseguiu em janeiro deste ano realizar a maior emissão de bônus já feita por uma companhia de país emergente no mercado em euros. Na ocasião, a companhia confirmou a captação de 3,05 bilhões de euros com títulos de vencimento entre quatro e 11 anos, além de 600 milhões de libras em títulos com vencimento em 20 anos. A última captação em euros datava de outubro de 2012, num total de 2 bilhões de euros e 450 milhões de libras.
“Isso é a realidade de uma empresa que cresce, que é altamente acreditada, que se transformou num símbolo do Brasil e do desenvolvimento nacional, e que está perseguindo constantemente a independência tecnológica”, pontua o deputado Sibá Machado (PT-AC). Ao falar da captação, o deputado explica que a Petrobras foi muito além do seu plano inicial de buscar recursos externos. “Estamos falando de um número que é mais do dobro do que, de fato, a empresa tinha planejado. Isso mostra para o período que vai até próximo de 2020/2025 que a empresa pode chegar a ocupar a terceira ou quarta posição mundial, o que também elevará a posição do Brasil em comércio exterior”, completa Sibá.
O deputado constata ainda que esse potencial de crescimento “puxa” toda uma cadeia produtiva que estava abandonada há alguns anos. “É o caso da indústria naval, fechada pelo presidente FHC e reaberta pelo presidente Lula. Só em navios da indústria nacional, a Petrobras está comprando 126 embarcações. Somando tudo isso ao fato da captação, a nossa Petrobras revela que é altamente respeitada e que não há argumentos que justifiquem essa campanha cruel e sórdida da oposição, que demostra, além da maldade, a intenção de entregar não só a Petrobras como toda a riqueza do pré-sal a empresas internacionais”, conclui.
Os recursos disponíveis a partir da captação no mercado global – suficientes para o financiamento dos investimentos de 2014 – trarão nos próximos meses, segundo a Petrobras, um aumento da geração de caixa operacional em virtude do crescimento da produção de petróleo e gás e da menor dependência de importações de derivados. “Todas as análises sérias feitas pelo mercado, exceto aquelas realizadas propositadamente para entregar a Petrobras aos grandes oligopólios internacionais, indicam que ela tem uma saúde financeira invejável”, afirma o deputado José Guimarães (PT-CE).
O petista ressalta que companhia é uma das principais empresas petrolíferas do mundo e que sua produção de pré-sal aumenta a cada dia, o que indica que, em breve, se tornará a principal do mundo. “Isso é o que agride os interesses dos grandes oligopólios tanto nacionais como estrangeiros. Os ataques são no sentido de diminuir os investimentos feitos pela Petrobras no País, mas a verdade é que não tem Brasil sem Petrobras. Ela é uma perna central no nosso desenvolvimento econômico e social. E esse montante de recursos captados fora só vem confirmar que estamos no caminho certo”, destaca Guimarães.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) contextualiza essa confiança dos investidores internacionais numa perspectiva mais ampla da política econômica brasileira: “O cenário de mercado internacional tem colocado o Brasil numa situação propícia a investimentos externos diretos em todos os setores, e recentemente a Petrobras mereceu destaque nesse sentido. Temos um cenário macroeconômico atrativo a investimentos de longo prazo, capital fixo, o que demonstra saúde financeira e acerto da política macroeconômica do governo”.
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