Valmir Assunção denuncia assassinato de militantes do MST e cobra punição dos culpados

valmir-plenario-gustavo
Foto: Gustavo Bezerra
 
O deputado Valmir Assunção (PT-BA)denunciou, em plenário, o assassinato de três militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocorridos nesta semana.  “É uma denúncia grave, muito séria, dos lutadores da reforma agrária no Brasil”, afirmou o petista. Ele lamentou o assassinato do militante Valdir Roque, conhecido como “Sopa”, ocorrido no último dia 4 foi no Paraná.  “Também nesta semana outros dois companheiros foram assassinados no Rio Grande do Norte. Ou seja, nos últimos dias três militantes do MST foram assassinados dentro de assentamento ou nas mobilizações que nós estamos fazendo em todo Brasil”, lamentou.
 
Valmir Assunção cobrou uma investigação séria dos casos e punição para os culpados. “É preciso que o presidente do Incra e o ministro do Desenvolvimento Agrário tomem uma posição sobre isso e possam, de fato, ajudar no processo de investigação desses assassinatos, que não podem ficar impunes”, afirmou. Para o deputado Valmir Assunção, o governo federal precisa, tanto no Rio Grande do Norte como no Paraná, tomar medidas enérgicas, “porque o latifúndio está combatendo os sem-terra, os lutadores pela reforma agrária, tirando-lhes a vida”, alertou.
 
Emboscada – O deputado Valmir Assunção contou que o assassinato do militante Valdir Roque aconteceu por volta das 19h30 do último domingo (4), no assentamento Sétimo Garibaldi, município de Terra Rica, noroeste do Paraná. “O Sopa foi alvo de uma de emboscada na porta de sua casa, quando o agricultor assentado estava acompanhado de seu filho de sete anos”, lamentou. O parlamentar petista destaca que Sopa era militante do MST desde 1998, em São Miguel do Iguaçu, região oeste do estado e em 2000 foi assentado. “Ele, devido a sua atuação, tornou-se alvo da ira dos latifundiários e de outras forças políticas na região”, acrescentou. 
 
No Rio Grande do Norte na terça-feira (6), segundo Valmir Assunção, dois militantes do MST foram executados após uma mobilização na qual se encontravam 500 trabalhadores acampados da região de Apodi. O acampamento faz parte da jornada de lutas do MST. O deputado descreveu que dois homens em uma moto preta sem placa abordaram Francisco Laci Gurgel Fernandes, mais conhecido por “Chacal”, e Francisco Alcivan Nunes de Paiva, atiraram e fugiram imediatamente. 
 
Os dois militantes estavam no acampamento Edivan Pinto há oito meses, e, durante todo este período ajudaram na organização das famílias na área. “O Poder Executivo deve se atentar a esta realidade. A não democratização da terra, somado à impunidade resulta em mortes”, concluiu.
 
Vânia Rodrigues
 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também