Foto: Salu Parentes/PTNACÂMARA
A dois dias da comemoração do Dia do Trabalhador, sindicalistas de sete centrais sindicais entregaram, nesta terça-feira (29), ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), uma pauta com os projetos considerados prioritários para a classe trabalhadora. Na próxima terça-feira (6), a questão será debatida em comissão geral, conforme acertado entre os representantes da CUT, CGTB, CSB, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT e o presidente da Câmara.
As principais matérias apontadas pelas centrais versam sobre redução de jornada de trabalho, para 40 horas semanais, a manutenção da política de valorização do salário mínimo, fim do fator previdenciário, destinação de 10% do PIB para a educação, 10% do orçamento da União para a saúde, a correção da tabela do Imposto de Renda e a rejeição do Projeto de Lei 4.330 (sobre terceirização), entre outros.
O líder da bancada do PT, Vicentinho (PT-SP), participou da reunião e reforçou a importância de se debater temas importantes do mundo do trabalho que, segundo ele, são estratégicas para o conjunto dos trabalhadores.
Ele destacou a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95), que reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada de trabalho, como ponto fundamental da agenda. Em sua avaliação, a medida “representará uma grande conquista do trabalhador brasileiro, que tem uma das mais longas jornadas de trabalho do mundo”.
Vicentinho fez questão de observar que a matéria está pronta para ser debatida e votada pelo Plenário da Câmara. Ele foi relator da proposta na comissão especial que emitiu parecer e o aprovou por unanimidade.
O líder do PT frisou que a redução da jornada pode garantir a geração de mais de 2,5 milhões de empregos. O petista baseou-se nos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Vicentinho observou também que a maioria dos países já conta com jornadas de 40 horas semanais.
“Em alguns países, a jornada é de 36 horas ou de 35, como é o caso dos metalúrgicos da Alemanha ou dos trabalhadores franceses”. Disse que no Cone Sul só o Brasil tem uma jornada jornada maior.
Benildes Rodrigues