A data foi estabelecida há 125 anos pela Segunda Internacional Socialista, em congresso realizado em Paris e que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda Europa e do mundo. Ao escolher o dia 1º de Maio como Dia do Trabalhador e da Trabalhadora os participantes prestaram homenagem aos operários dos Estados Unidos que três anos antes, organizaram uma grande jornada de luta por melhores condições de vida e de trabalho. Foram mais de 1, 5 mil greves em todo país. As greves de 1886 tinha como centro da pauta a redução da jornada de 14 para 8 horas diárias.
Depois de dois dias de manifestações seis operários foram mortos. Com a continuidade da greve, a repressão aumentou e dezenas de trabalhadores foram mortos, milhares presos e sindicatos incendiados. Essa jornada de lutas resultou além das dezenas de trabalhadores mortos, em oito dirigentes sindicais condenados, cinco deles a forca, dois a prisão perpétua e um a 15 anos de prisão.
A homenagem feita pela Segunda Internacional Socialista a estes trabalhadores, foi à convocação da classe trabalhadora do mundo para uma greve geral no 1º de maio em 1890, o que se tornou uma tradição no movimento operário internacional de luta desde então. Os significados e as grandes manifestações a cada ano conferiu grandes avanços para classe trabalhadora do mundo e o estabelecimento no calendário cristão como feriado mundial.
Hoje os trabalhadores e as trabalhadoras pelo mundo continuam relembrando e celebrando esta data como muitas manifestações e greves. No Brasil ainda reina um capitalismo selvagem que usa trabalho escravo e o trabalho infantil e que somente agora as trabalhadoras domésticas estão prestes à equiparação de direitos aos demais trabalhadores.
A massa de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil tem uma jornada extenuante de trabalho, chegando a 15 horas diárias em algumas capitais, somando tempo de deslocamento de casa para o trabalho. Além das condições precárias, vide número de acidentes, terceirização ainda convivemos com o fantasma da demissão sem justa causa, do assedio moral e sexual.
É uma pauta boa para o país com a valorização do trabalho e do trabalhador: redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, fim do fator previdenciário, reforma agrária, igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, valorização dos aposentados, correção da tabela do imposto de renda, ratificação da Convenção 158 da OIT que impede a demissão imotivada, regulamentação da Convenção 151 que estabelece a negociação coletiva no serviço público e ampliação dos investimentos públicos.
Por isto tudo que o 1º de Maio é dia de luta e celebrações!
Fonte: Central Única dos Trabalhadores www.cut.org.br