O deputado Bohn Gass (PT-RS) usou a Tribuna da Câmara para fazer uma reflexão sobre a Copa do Mundo de 2014. Ele lembrou que os que hoje criticam a realização da Copa no Brasil não apareceram no momento em que o País participou da disputa para sediá-la. “Ao contrário, o senador tucano Aécio Neves, por exemplo, chegou a telefonar para o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, pedindo para que a abertura da Copa fosse no Mineirão. “Não creio, portanto, que quem pede para ser sede de abertura de um evento seja contra ele”, ironizou.
Na avaliação do deputado Bohn Gass, o Brasil está fazendo a coisa certa em sediar a Copa de 2014. Ele citou os resultados positivos Copa das Confederações realizadas no País em 2013. “Pesquisa concluída recentemente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostrou o impacto econômico da Copa das Confederações para o Brasil que, em duas semanas de jogos adicionou R$ 9,7 bilhões à nossa economia”, destacou.
Para Bohn Gass, mesmo no cálculo dos “mais raivosos” contra a Copa do Mundo no Brasil, o número apresentado em gastos com a construção dos estádios será de R$ 8,9 bilhões. “Ou seja, a Copa das Confederações, que durou apenas duas semanas, trouxe para o País quase R$ 1 bilhão a mais do gasto com os 12 estádios da Copa do Mundo”, frisou.
Os cálculos, continuou o deputado, que não são do PT nem do governo Dilma, dão conta de que a Copa do Mundo vai gerar pelo menos três vezes mais lucros do que a Copa das Confederações. “Ou seja, estamos falando de, no mínimo, R$ 30 bilhões injetados na economia brasileira. Isto, sem falar na geração de empregos, cuja previsão é de 48 mil vagas no setor de turismo nos 12 estados-sede da competição, entre os meses de abril e junho deste ano”, citou.
Na opinião do deputado Bohn Gass, a Copa, como evento mundial, deve ser vista sob uma perspectiva integrada. “Os ganhos serão muito superiores aos gastos. Vamos sim, fazer a Copa das Copas. Uma copa da paz, do emprego e do respeito à diversidade. Uma Copa que traga bons resultados dentro e principalmente fora de campo”, concluiu.
Vânia Rodrigues