CUT lança marca dos seus 40 anos de fundação

Foto: ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

Evento online, lançamento da marca dará início às comemorações do aniversário de quatro décadas de lutas e conquistas da Central;

A CUT completará 40 anos de fundação em 28 de agosto, mas as comemorações se iniciam nesta-quinta-feira, às 18h, com o lançamento da marca comemorativa especialmente criada para a data e que será usada ao longo de todo o período. A apresentação será feita pelo presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, com participação de dirigentes nacionais e ex-presidentes da Central, entre eles o atual ministro do Trabalho, Luiz Marinho. No dia 11, às 18h. Clique aqui para assistir e compartilhar o lançamento pelo Facebook. Quem quiser acompanhar pelo Youtube, clique aqui.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, convida “dirigentes e militantes de todo o país a assistir e compartilhar a atividade virtual que será realizada nesta quinta-feira e que dará início à celebração do 40º aniversário da CUT, cuja programação se estenderá até o final de 2023.

Sérgio Nobre destaca que os 40 anos da CUT transcorrerão no mesmo ano do 14º Congresso Nacional da Central, o que, segundo ele, torna ainda mais relevante a celebração das quatro décadas da Central e tudo que a sua história e trajetória representam para a classe trabalhadora, para o movimento sindical nacional e mundial e para o país.

“A classe trabalhadora conquistou a sua maior vitória recentemente, o que nos dá ainda mais motivos para celebrar os 40 anos da CUT, porém, os desafios ainda são enormes, para recuperar tudo que nos foi tirado desde 2016 e para avançar e conquistar ainda mais direitos”, afirma Sérgio Nobre.

Passado e futuro

Quem esteve à frente da CUT sabe muito bem como foi o início da organização sob as botas dos militares que reprimiram com violência as manifestações dos sindicatos e seus trabalhadores e trabalhadoras. Uma dessas pessoas é o atual ministro do Trabalho e Emprego e ex-presidente da CUT, Luiz Marinho, que vivenciou a luta vitoriosa da organização sindical e diz ter muito orgulho de ter participado dessa história que este ano completa 40 anos.

Para Marinho, é preciso ter consciência de que o acúmulo de experiência adquirida nesses anos coloca a obrigação de pensar o futuro, valorizando o passado e a memória daqueles e daquelas que lutaram.

“Somos os herdeiros do futuro, daqueles que lutaram e perderam a vida no passado, se sacrificaram, fizeram greves, perderam horas de trabalho e de sono muitas vezes até o emprego”, ressalta Marinho.

O ministro do Trabalho e Emprego diz que agora é o momento de olhar para o futuro, e que a CUT, e todo o movimento sindical, têm a grande responsabilidade de representar as inovações, com condições de pensar novas formas de trabalho.

“Pensar no futuro é combater a desigualdade, preconceito, assédios sexuais e morais no ambiente de trabalho. É dizer que os empregadores têm que praticar salários iguais para homens e mulheres”, afirma Luiz Marinho.

Desafios

O desafio de um novo mundo do trabalho é segundo Ariovaldo de Camargo, secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, se reinventar e se reorganizar, já que com o golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff da Presidência da República e, posteriormente, impôs a reforma trabalhista, em 2017, passamos a viver uma situação em que os sindicatos não estavam preparados para tal. E também teve uma pandemia.

“Mais do que viver em uma nova estrutura para adequar à nova realidade passamos por um processo de precarização das relações de trabalho com terceirização, trabalho por aplicativos. Foram criadas novas formas de organização e precisamos atuar junto à metade da força de trabalho que está no mercado e não está formalizada”, diz.

Segundo Camargo, a CUT deixa de ser sindicato de formais para buscar essa nova forma de organizar o conjunto da classe trabalhadora, ou seja, toda a classe trabalhadora.

“Vivemos 20 anos de ascensão,10 anos em que o movimento sindical se adaptou, sem grandes desafios e os últimos 10 anos de resistência contra o golpe desde sua organização em 2013, com as manifestações nas ruas”, lembra.

Para o dirigente, o duro ataque às estruturas sindicais fez a CUT iniciar um novo ciclo, de buscar e recuperar a participação do sindicato na construção das relações trabalhistas, trazendo de volta a contratação e o acordo coletivo, o financiamento democrático decidido pelos próprios trabalhadores e trabalhadoras e, somando-se a isso, como se inserir na vida desses trabalhadores.

Consciência social

Para Camargo, o maior desafio atual é conscientizar esses trabalhadores e trabalhadoras que a organização sindical é o instrumento de defesa, de fato, de seus direitos. E em especial aos trabalhadores de aplicativos que têm resistência conceitual de não se sentir trabalhador e sim empreendedor.

“Estamos fazendo um trabalho para que eles tenham proteção, estejam inseridos nesse sistema. E nessa relação, nesse debate é trazer para esse trabalhador que ele observe que sozinho é elo fraco e facilmente explorado. É fazer que com que ele, se sentindo parte desse arcabouço capitaneado pela CUT, verifique que o melhor lugar para se sentir protegido, e tendo liberdade de expressão, é o movimento sindical, em especial a CUT”, conclui.

40 anos de luta e vitórias

A criação da CUT desafiou a legislação sindical da década de 1980, que proibia a organização dos trabalhadores de diferentes categorias em uma só entidade e, mesmo assim, fomos a primeira central sindical criada após o golpe de 1964 e também a primeira no país a ser lançada pela base.

Essa história começou em um 28 de agosto de 1983 e, pela voz e voto de mais de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras vindos de todas as regiões do país, nascia a CUT. Em números exatos foram responsáveis pela criação da Central 5.059 delegados, representando 912 entidades – 335 urbanos, 310 rurais, 134 associações pré-sindicais e 99 associações de funcionários públicos, cinco federações, oito entidades nacionais e confederações. Trabalhadores e trabalhadoras que ocuparam o galpão que um dia sediou o maior estúdio cinematográfico brasileiro, o extinto Vera Cruz. Em 2013, foi de novo, nesse endereço que a CUT celebrou seus 30 anos.

O 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT)  deu origem à primeira entidade intersindical e Inter categorias em nível nacional construída após o golpe militar de 1964.

O Brasil enfrentava uma crise econômica com inflação de 150% e índices manipulados desde anos anteriores; devia mais de US$ 100 bilhões. O mesmo Fundo Monetário Internacional (FMI), que pediu dinheiro emprestado ao Brasil no governo Lula era o bicho papão dos países pobres naquela época. Àquela época, o Brasil se rendeu e estendeu o chapéu ao Fundo rifando, assim, a sua soberania.

Um mês antes de a CUT ser fundada, houve greve geral em todo o país. Como efeito da recessão, apenas nos dois primeiros meses de 1983, a indústria paulista demitiu 47 mil trabalhadores, quase o total das demissões do ano anterior. O brasileiro vivia sob repressão, recessão, desemprego e com salários achatados e corroídos pelos índices inflacionários. Ou seja, 40 anos depois, o país retrocedeu, e enfrentamos uma realidade similar.

Naquela época, o cenário que levou o congresso de fundação da CUT a aprovar as lutas pelo fim da Lei de Segurança Nacional e do regime militar, o combate à política econômica do governo (o general João Batista Figueiredo era o presidente da República), contra o desemprego, pela reforma agrária sob controle dos trabalhadores, reajustes trimestrais dos salários e liberdade e autonomia sindical. Lutava também pelo direito à cidadania e contra o autoritarismo dentro e fora dos locais de trabalho, recheados por “olheiros” da ditadura disfarçados de trabalhadores.

Para o primeiro ano de vida da CUT, foi eleita uma coordenação cujo coordenador-geral era Jair Meneguelli, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema (hoje Metalúrgicos do ABC), que estava sob intervenção. Somente em 1984, a CUT elegeu uma direção com chapa completa e seu primeiro presidente também foi Meneguelli.

Começaria, então, a história de uma central que hoje está presente em todos os ramos de atividade econômica do país, com 3.960 entidades filiadas, 7,9 milhões de associados(as) e 25,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras na base.

Classista e autônoma

A Central Única dos Trabalhadores é uma organização sindical brasileira de massas, em nível máximo, de caráter classista, autônomo e democrático, cujo compromisso é a defesa dos interesses imediatos e históricos da classe trabalhadora.

Baseada em princípios de igualdade e solidariedade, seus objetivos são organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras da cidade e do campo, dos setores público e privado, ativos e inativos, por melhores condições de vida e de trabalho e por uma sociedade justa, igual e democrática. Está presente em todos os ramos de atividade econômica do país.

Desde a sua fundação, a CUT tem atuação fundamental na disputa da hegemonia e nas transformações ocorridas no cenário político, econômico e social ao longo da história brasileira, latino-americana e mundial.

A CUT defende a liberdade e autonomia sindical com o compromisso e o entendimento de que os trabalhadores/as têm o direito de decidir livremente sobre suas formas de organização, filiação e sustentação financeira, com total independência frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos políticos, credos e instituições religiosas e a quaisquer organismos de caráter programático ou institucional.

site da CUT

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100