Foto: Gustavo Bezerra
O deputado Jesus Rodrigues (PT-PI)subiu à tribuna da Câmara na segunda-feira (7) para analisar criticamente a cobertura da grande mídia sobre o escândalo do mensalão do PSDB em Minas Gerais, que tem como pivô o ex-deputado e ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e sobre as denúncias contra a Petrobras.
Rodrigues lembrou que, em razão da renúncia de Azeredo ao mandato parlamentar, o seu processo voltará para os tribunais de primeira instância. “Na Justiça comum, com certeza vai prescrever. Não só a Justiça [o STF] permitiu que isso acontecesse , como a cobertura dada a esse caso do mensalão mineiro foi insignificante e desproporcional ao tamanho”, criticou o parlamentar piauiense.
“Se nós compararmos, então, a cobertura dada para a Ação Penal nº 470, nós vemos, com certeza, que ela foi também desproporcionalmente grande”, complementou Rodrigues.
Na opinião do deputado, esse não é o jornalismo “que se aprende nas faculdades” e “as direções dos jornais e das TVs” interferem no trabalho feito “com toda honestidade” pelos jornalistas.
Jesus Rodrigues comparou também a cobertura das denúncias contra a Petrobras em relação à cobertura dada a casos como o cartel do metrô em São Paulo, estado governado pelo PSDB. Para o deputado, o episódio de compra de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, “tem ganhado a conotação de uma novela”, mas o mesmo tipo de abordagem midiática não ocorre com casos de corrupção envolvendo a oposição conservadora. “Todo dia, de manhã, à tarde, à noite, todos os jornais e emissoras de TV vão se retroalimentando com essa questão da compra da refinaria. E não vemos nenhuma cobertura, praticamente, a respeito desse escândalo que é a questão do esquema de corrupção que existe no metrô de São Paulo, que já há 20 anos alimenta a eleição e a reeleição dos tucanos paulistas. A isso a imprensa não tem dado praticamente nenhuma cobertura”, apontou.
“Nós queremos, sim, que a imprensa tenha uma cobertura democrática, transparente, com todas as suas feições, com todas as suas opiniões. Novamente, agora, surge aí esse palanque arquitetado, montado pela imprensa escrita e televisiva, a grande imprensa, o que a gente normalmente chama de PIG, Partido da Imprensa Golpista”, concluiu Jesus Rodrigues.
Rogério Tomaz Jr.
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