De acordo com o deputado, que está acompanhando de perto a decisão que o STF deverá tomar nos próximos dias, “o Supremo está fazendo uma série de audiências de forma inovadora, ouvindo setores da sociedade brasileira, para decidir sobre a ação direta de inconstitucionalidade do DEM para tentar barrar o ingresso de estudantes negros, pobres e indígenas nas universidades brasileiras”.
“Já fiz dois pronunciamentos na Câmara Federal contra esta ação do DEM. O sistema de cotas é uma atitude política de afirmação que tenta reparar uma injustiça profunda que foi cometida contra os negros depois 1881, que foram escravos no Brasil durante 350 anos. Depois foram libertados e jogados ao léu. Até hoje a diferença de tratamento entre negros e brancos é perceptível. E, portanto, são necessárias políticas de reparação que façam com que haja igualdade”, explicou.
Emiliano José destacou ainda que a política de cotas tem se revelado um sucesso e que já está sendo adotada por 68 instituição universitárias. “Os estudantes que entram pelas cotas têm revelado extrema aplicação e grande qualidade. Uma
pesquisa realizada na Universidade Federal da Bahia (UFBA) revelou que os estudantes que ingressam pelo sistema de cotas têm desempenho igual ou melhor do que o os que entram por ouros caminhos”, afirmou.
Segundo o parlamentar, a ação do DEM é um atentado contra os interesses dos pobres, negros e indígenas. “Outra vez eles atacam esses interesses. Eu tenho dito sempre que a Casa Grande não descansa. O DEM é a expressão no Brasil da Casa
Grande, do pensamento escravocrata de direita ainda existente no País”.
(AP)