O deputado Cláudio Puty (PT-PA) discursou no Plenário da Câmara nesta quarta-feira (26), para esclarecer a polêmica, alimentada pela oposição ao governo, sobre o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, anunciado pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P).
“Muito tem se falado da condução da política fiscal, do acerto ou não das formas de fechamento contábil, dos aportes ao BNDES, mas me parece que nem as agências de risco, pelo menos no relatório apresentado, discutem os resultados macroeconômicos da política da Presidenta Dilma”, observou Puty.
O petista paraense lembrou que o Brasil tem maior superávit primário dentre os países emergentes, o quinto maior superávit primário do mundo: “Alguns superávits primários maiores que o nosso são de países de grande exportação de petróleo. Os países da zona euro, os Estados Unidos e a América Latina estão praticando déficits primários, não estão nem poupando para pagar dívida”.
“Então, parece-me que o resultado desse rebaixamento não diz respeito aos números da política econômica da Presidenta Dilma, mas, sim, ao processo de condução à aderência de um programa, à maneira como são feitas as coisas com as quais essas agências que representam interesses financistas, obviamente, não concordam”, afirmou Puty.
Em seu discurso o parlamentar também revelou o verdadeiro interesse por trás dos noticiários alarmantes.
O deputado encerrou sua fala apontando o comportamento do mercado diante da questão:”Mas me parece que nem o mercado comprou essa avaliação, porque hoje a bolsa mostrou,mais uma vez, sinais robustos, o dólar caiu, e a caravana passa enquanto os cães ladram”, finalizou.
Assessoria Parlamentar
