Produção cresce 16% ante janeiro de 2009 e confirma expansão em 2010

 

industria1O desempenho da indústria registrado neste mês de janeiro confirma que este ano será bem diferente de 2009. A produção aumentou 1,1% na comparação com dezembro e subiu 16% ante janeiro do ano passado, o melhor resultado apurado pelo IBGE para meses de janeiro desde 1995.

O segmento de bens intermediários, que reúne matérias-primas e insumos e tem maior peso na pesquisa, puxou o saldo positivo. Para analistas, a perspectiva é de crescimento moderado do setor este ano, após a queda de 2009.

Os saltos na produção em relação ao início de 2009 são considerados naturais porque a crise estava em seu auge naquela época. Mas o chamado crescimento na ponta, em relação ao mês anterior, mostra que a economia está em ritmo acelerado. O resultado de janeiro compensou as perdas de dezembro (-0,2%) e novembro (-0,8%) de 2009, avaliou o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo.

Na avaliação do deputado André Vargas (PT-PR), da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara, o crescimento industrial verificado em janeiro é o resultado do acerto da política econômica do Governo Lula, que foi proativo e manteve aquecido o mercado interno. “O bom resultado também derruba os profetas do apocalipse que apostavam que a crise econômica internacional ia provocar o fim do mundo e o fim do Governo Lula”, afirmou André Vargas.

O deputado André Vargas explicou que os tucanos e os democratas (ex-PFL) esperavam o retrocesso da economia brasileira para ter discurso para a campanha eleitoral deste ano. “Não deu certo, a nossa economia superou muito bem a crise. Pelas ações do nosso governo saímos primeiro e mais forte da crise mundial. A oposição perdeu o discurso e nós iremos para a disputa com condições de darmos continuidade a essa política econômica vitória e como alternativa para avançarmos nas questões sociais”, afirmou André Vargas.

Para o deputado Miguel Corrêa Júnior (PT-MG), também integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, o desempenho positivo da economia é o reflexo da desoneração fiscal , das políticas de financiamento adotadas pelo Governo Lula, logo no início da crise. “Pela primeira vez, diante de uma crise financeira mundial, o governo brasileiro teve a coragem de apostar no mercado interno e de investir na produção e no consumo”, afirmou. Ainda segundo Miguel Corrêa Júnior, a pesquisa mostra que a crise foi superada e que 2010 será um ano de crescimento econômico. “Isso porque os resultados da indústria tem um forte impacto na economia como um todo”, acrescentou.

Para Silvio Sales, da Fundação Getúlio Vargas, na hipótese pessimista de que a indústria não crescesse entre fevereiro e dezembro deste ano, ainda assim o atual nível de produção seria suficiente para garantir crescimento industrial de 6,9% em 2010, em relação a 2009. “Como a possibilidade mais razoável é de retomada de crescimento contínuo e gradual, é factível pensar em alta de, pelo menos, 8% ou 9% para este ano.”

A produção de bens intermediários, que inclui siderurgia, mineração e fertilizantes, entre outros, aumentou 2% em janeiro ante dezembro, no 13º resultado positivo consecutivo, período no qual acumulou alta de 22%. O aumento foi puxado por produtos de metal, metalurgia básica e uma parcela da produção de alimentos e bebidas. Esse segmento, responsável pelo abastecimento da indústria, foi o que mais se aproximou do nível de setembro de 2008. Está somente 0,8% abaixo daquele nível.

Vânia Rodrigues, com Agências

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