O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PL) foram os dois candidatos mais bem votados neste domingo (2) e vão disputar o segundo turno da eleição para presidente da República no próximo dia 30. Lula foi o vencedor da primeira rodada. Para que o pleito fosse encerrado neste domingo, o primeiro colocado precisaria ter obtido 50% dos votos válidos mais um, o que não ocorreu.
Para parlamentares da bancada do PT na Câmara, o fato de o ex-presidente ser o mais votado no primeiro turno é emblemático, num momento em que o Brasil está num atoleiro econômico, social e ambiental e precisa, como o próprio Lula disse, se recuperar enquanto instituição e diante do mundo, além de “pedir perdão a 215 milhões de brasileiros pelo descaso com que o país foi conduzido nos últimos quatro anos. Lula assinalou à imprensa que o povo não merecia o sofrimento a que foi submetido.
A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), frisou ter sido “emocionante” acompanhar a campanha de Lula em todo o País e agora defende a ampliação do leque de forças que o apoiou a fim de garantir sua vitória no dia 30 de outubro.
“Em 2018, ele foi injustamente impedido, agora chega como o candidato que arrebanhou a preferência do povo para governar o Brasil”. Gleisi afirmou neste domingo que mesmo com o segundo turno o sentimento é de vitória. “Não foi fácil chegar até aqui. Seja qual for o resultado desta noite, nos sentimos vitoriosos”, afirmou.
“Lutamos e chegamos até aqui para o povo ter vez e ser o centro do desenvolvimento do país. O que está em jogo são os direitos e o futuro do povo brasileiro”, completou Gleisi.
Contra o ódio e os retrocessos
O líder da bancada do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), afirmou que a eleição deste 2 de outubro configura um “dia histórico de celebração da democracia e do enfrentamento contra a barbárie e o autoritarismo”. Para ele, o retorno de Lula à Presidência da República, desafio posto para o segundo turno, “representa um não” de parcela expressiva do povo brasileiro que deseja um futuro melhor para o País. “É preciso barrar os retrocessos e a escalada do ódio promovidos pelo atual presidente da República.”
O parlamentar sublinhou que a votação expressiva em Lula no primeiro turno indica que milhões de brasileiros querem a paz e almejam dar sequência a um projeto de desenvolvimento nacional que marcou os dois mandatos do ex-presidente, entre 2003 e 2010: combate à fome, inclusão social, fortalecimento do salário mínimo, respeito ao meio ambiente e aos direitos sociais, econômicos e trabalhistas e papel ativo do Brasil no cenário internacional.
“A votação em Lula é o reconhecimento de um projeto que revolucionou a vida de milhões de brasileiros. Iniciado por Lula e continuado por Dilma, esse projeto tirou 36 milhões de pessoas da pobreza, permitiu que 42 milhões de pessoas ascendessem à classe média, criou quase 21 milhões de empregos”, disse Reginaldo Lopes.
O líder do PT completou: “A reconstrução nacional, no plano institucional e na retomada do crescimento econômico, é um desafio enorme, diante do caos econômico e social propiciado pelo atual governo. Lula, com as forças de seu amplo leque de apoio e o povo brasileiro, vai levar o Brasil a voltar a ter esperança e dias melhores,”, disse o líder do PT.
O líder da Oposição no Congresso Nacional, Afonso Florence (PT-BA), disse que o dia 2 de outubro de 2022 consagra o fortalecimento da democracia por parcela expressiva do eleitorado. Em sua avaliação, embora as pesquisas indicassem a vitória de Lula, a ocorrência de segundo turno era uma possibilidade prevista.
Mas ele acredita que continuará a mobilização nacional para eleger Lula no segundo turno, “em torno da esperança e de um projeto de retomada de políticas públicas, prosperidade e preservação da estabilidade institucional e dos direitos econômicos, previdenciários, trabalhistas e civis da população brasileira”, disse. Para Florence, uma vitória de Lula no dia 30 será não só da oposição, mas de todo o povo brasileiro.
O vice-presidente nacional do PT, deputado federal José Guimarães (CE), também frisou que a votação em Lula mostrou a opção de expressiva parcela da sociedade brasileira pela civilização, ante a barbárie patrocinada por Jair Bolsonaro. “Lula é o melhor candidato e tem a melhor proposta para derrotar a fome, o ódio e o fascismo”, anunciou.
Guimarães sublinhou que Lula “defende a vida e quer cuidar do povo brasileiro”, pondo fim ao modelo implementado pelo governo atual que desmantela direitos e conquistas obtidas ao longo de décadas pelo povo brasileiro. “Vamos unir as forças democráticas no segundo turno, estamos preparados para derrotar o fascismo”, afirmou.
Para Guimarães, o desafio é reconstruir tudo o que foi destruído por Bolsonaro, da área de direitos, meio ambiente, educação e saúde pública até a falta de obras e investimentos públicos e arrocho salarial. “O Brasil vai se unir para vencer os enormes desafios que temos à frente”, finalizou.
Redação PT na Câmara