O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), se reúne nesta terça-feira (2) com a base aliada e com a oposição para acertar as votações dos projetos relativos ao pré-sal. Além da proposta relativa à capitalização da Petrobras, Vaccarezza pretende votar até esta quarta-feira (3) também o projeto sobre a partilha dos royalties.
A intenção, segundo o líder, é evitar o risco de essa proposta ser pautada para a próxima semana, já que no dia 12 começa a trancar a pauta a MP 472. Vaccarezza defende um acordo com a oposição para evitar obstrução das votações. “A dificuldade que a oposição coloca (nas votações) não está fazendo bem para ela. Estão exagerando demais na crítica ao governo Lula e na radicalidade, e o povo não gosta de posições radicais”, afirmou o deputado.
Eleições – Sobre o crescimento de cinco pontos percentuais da ministra Dilma Rousseff na pesquisa Datafolha – agora com 28%, encostando no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que caiu cinco pontos e está com 32% -, o líder do governo afirmou que se trata “do reconhecimento de que ela (Dilma) é a única candidata capaz de consolidar as conquistas ocorridas no governo Lula”.
Para Vaccarezza , o aumento da rejeição a Serra deve-se à sua identificação, pelo eleitor, como o candidato anti-Lula. “Mesmo que ele diga que não é anti-Lula, o DEM e o PSDB mostram o oposto. Eles são radicais e duros contra o governo todo o tempo. Basta ver as manifestações dos líderes e dos principais deputados”, ressaltou. “A oposição não deixa Serra se movimentar”, disse.
O líder lembrou que há 16 anos o PSDB governa o estado de São Paulo, “e agora começa a aparecer uma fadiga dos tucanos”. “O Serra tem um desgaste real de sua imagem, pois não há uma única grande obra do governo estadual sem acidente. E a administração da cidade pelo DEM não ajuda, São Paulo está cheia de buracos, sujeira e alagamentos”, acrescentou Vaccarezza.
Assessoria parlamentar
