A vida do povo brasileiro vai de mal a pior. Não bastassem os reflexos da má gestão de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19, que empurrou milhares ao desemprego, à miséria, e à fome, agora afeta também os custos de deslocamento por trabalho, ou possibilidade de um descanso, de uma viagem após inúmeras restrições por conta da transmissão do Coronavírus.
As mazelas do desgoverno são sentidas no preço das passagens aéreas, que subiram 88,65% nos últimos 12 meses, segundo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apenas em maio, o aumento foi de 18,33%, em boa parte devido aos custos do querosene de aviação, reajustado em 3,9% em 15 refinarias da Petrobrás.
A inflação disparada da gestão desequilibrada de Paulo Guedes e Bolsonaro atingiu o setor de turismo, por exemplo, que enfrenta sérias dificuldades em avistar um novo horizonte. Isso porque as férias escolares iniciaram, mas as famílias brasileiras possivelmente não conseguirão viajar, devido aos altos custos das passagens aéreas.
Repasse para o consumidor
Hoje, uma passagem de São Paulo a Brasília com trechos ida e volta custa o dobro somente para viagem de ida. Conforme especialistas, em entrevista para o Jornal Nacional, a alta do preço é justificada pelas companhias aéreas por conta do aumento no valor do querosene e, consequentemente, é repassada ao consumidor.
“As companhias aéreas estavam em uma situação de até, em certa forma, de recuperação aos níveis pré-pandêmicos, e aí veio a guerra na Ucrânia e houve uma parada nesse crescimento. Lógico que as companhias aéreas vão tentar solucionar isso de uma maneira, talvez, aproveitando essa forma hoje de aumento. É inevitável o repasse do preço do combustível, elas não têm como fazer mágica”, diz Marcus Quintella, diretor da Fundação Getúlio Vargas Transportes.
Somente em 2022, o valor do QAV acumula alta de 70,6% e o combustível é vendido no país com valor 40% mais alto que no exterior. O resultado é a queda na venda de passagens e a cobrança de valores abusivos em trechos que o consumidor pagava menos da metade.
Bons tempos do PT
Nas gestões do Partido dos Trabalhadores (PT), que sempre investiu na inclusão social com oportunidades para as classes C e D viajarem de avião, as companhias aéreas registravam milhares de passagens por ano.
Em 2007, no governo de Lula, 48 milhões de pessoas viajaram de avião. Em 2012, com Dilma Rousseff, o número subiu para 101 milhões. Em 2016 as companhias aéreas registraram 88,7 milhões de passageiros, frente aos 96,2 milhões em igual período do ano anterior.
PTNacional, com informações do Instituto Lula e Jornal Nacional