O líder do PT na Cãmara e vice-presidente nacional do partido, José Guimarães (CE), lamentou a morte de um dos principais expoentes da defesa da reforma agrária no país, o engenheiro mecânico e militante político Bruno Maranhão. “Bruno era, acima de tudo, um homem comprometido com a liberdade e com a igualdade social. E também era um homem de militância transparente, que fazia o que pensava”, afirmou Guimarães
Maranhão morreu no sábado (25) aos 74 anos, no Recife. Ele estava hospitalizado havia duas semanas, e morreu por falência múltipla de órgãos. Seu corpo foi cremado na manhã de domingo (26) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife.
Em sua página no Facebook, o ex-presidente Lula afirmou que Maranhão foi “um grande companheiro, amigo e um grande militante da esquerda brasileira. “Recife, Pernambuco e o Brasil perdem um grande guerreiro da luta pela liberdade e igualdade”, escreveu Lula.
Em nota, a presidente do PT em Pernambuco, Tereza Leitão, afirmou que Maranhão era uma homem “de posições muito firmes” e “conhecido pela convivência fraterna e respeitosa com divergentes, dentro e fora de sua legenda”.
Fundador do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), dissidência do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Maranhão pertencia a uma tradicional família de usineiros de Pernambuco, mas ainda na juventude passou a participar de movimentos políticos de esquerda.
Na ditadura militar (1964-1985), aderiu à militância do Partido Comunista Revolucionário Brasileiro (PCBR). Foi exilado e voltou da França em 1979, quando participou da fundação do PT.
Maranhão ficou notabilizado em 2006 por organizar uma invasão do MLST à Câmara dos Deputados para cobrar a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Trabalho Escravo. Os manifestantes depredaram parte do prédio da Câmara, o que resultou prisão de Maranhão e outros 40 integrantes do movimento.
PT na Câmara com agências