Os investimentos em tecnologia hospitalar têm aumentado. O governo Lula tem investido em parceria com empresas nacionais produtoras de equipamentos hospitalares e medicamentos, com o objetivo de reduzir a necessidade de produtor importados.
A iniciativa é do Ministério da Saúde que, desde o ano passado estabeleceu metas para os próximos três anos. A ideia consiste em incentivar pesquisas, o apoio entre o sistema de saúde público e privado e a garantia de compras de insumos para o serviço público.
Segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Magalhães, o programa de investimento é uma estratégia viável para o desenvolvimento do ramo farmacêutico nacional. “O Brasil é o nono na lista mundial de consumidores, mas ainda está longe de entrar na lista dos maiores produtores. O programa de investimento vai abrir espaço para a pesquisa aqui no Brasil e reduzir o impacto do preço dos remédios na balança comercial”, disse.
Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), o Brasil está no caminho correto para conseguir autonomia e independência no setor. “Com investimentos em laboratórios, pesquisa e produção nacional, os brasileiro serão beneficiados com uma queda visível do preço do medicamento”, disse. “Se um País quer alcançar soberania e autonomia, precisa de uma industria farmacêutica. O Brasil está no caminho certo”, opinou o parlamentar. Ele lembrou também que a redução dos preços vai beneficiar o crescente números de idosos do no País.
Sobre a industria médica hospitalar, Rosinha defende que Brasil deve acompanhar o ritmo acelerado de crescimento do setor. “Investir em tecnologia é sempre positivo. O governo Lula já quebrou barreiras impostas pelo governo FHC que eram totalmente desfavoráveis ao Brasil. Ficamos dependentes de empresas internacionais na produção de remédios e também de equipamentos médicos. Investir aqui é dar mais qualidade ao serviço médico público e diminuir o tempo de espera de muitos pacientes”, disse o deputado.
Foram aprovados até agora nove projetos de parceria público-privada e o ministério da Saúde pretende elevar o número para 28. O ministério espera que a partir deste ano, seja possível a compra de novos medicamentos produzidos no Brasil e em laboratórios públicos. O resultado, pode gerar um saldo de R$ 650 milhões em compras anuais do ministério e uma economia de R$ 130 milhões a R$ 150 milhões por ano ano até 2015 para a União.
Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), a postura do governo quanto aos investimentos no País tem sido correta. “O Brasil tem adotado, com o governo Lula, uma política estratégica, totalmente eficaz. O governo já mostrou que, incentivando sua própria política industrial, garante o poder de compra”. Ele lembrou que o Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior comprador e, com investimentos direcioandos à produção nacional, haverá menor custo para o sistema de saúde pública.
“Isso significa abandonar a obrigatoriedade de importar produtos estrangeiros. Porque quando o mercado externo é que tem o produto, fica muito mais difícil negociar, já que as condições financeiras são definidas pelos estrangeiros”, disse.
Investimento: O ministério da Saúde deve investir no período de 2009 a 2012 pelo menos R$ 350 milhões na infraestrutura dos laboratórios. Só em assistência farmacêutica, as compras do ministério somaram mais de R$ 3 bi.
O setor de saúde corresponde em média a 8% do PIB nacional, movimentando R$ 160 bilhões por ano e empregando 10% da população economicamente ativa.
Hérika Tavares, estágiária, com informações do Brasil Econômico