Mercado de trabalho tem o melhor início de ano desde 2003

vicentinho_22O mercado de trabalho registrou, neste ano, o melhor desempenho para um mês de janeiro, se for levada em conta a série histórica iniciada em março de 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego de 7,2%, além de ser a menor para o primeiro mês do ano, é a segunda menos intensa de toda a série, acima apenas dos 6,8% observados em dezembro de 2008 e 2009.

Responsável pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, o economista Cimar Azeredo destacou que o desemprego sempre acelera na passagem de dezembro para janeiro, devido à dispensa de empregados temporários contratados no final do ano. Este ano, no entanto, foi observada a menor variação dentro da série, entre esses meses – alta de 0,4 ponto percentual. O cenário econômico forte foi, na opinião de Azeredo, o principal fator para que o mercado tenha absorvido a mão de obra temporária com mais força que nos anos anteriores.

Na avaliação do deputado Vicentinho (PT-SP), integrante da Comissão de Trabalho, a manutenção do emprego no mês de janeiro é um sinal de que o empresariado está confiante na economia brasileira e nas políticas do Governo Lula. “Tradicionalmente o mercado de trabalho é frágil em janeiro por ser um mês de férias e ser posterior a um grande período de festas. Se os empregos foram mantidos é porque o mercado interno está aquecido, os empresários acreditaram na estabilidade da economia e investiram”, afirmou.

O deputado Vicentinho disse ainda que, se o mercado começa o ano aquecido, é o prenúncio de que vai aumentar o número de empregos. “A sinalização é de que fecharemos ao final de 2010 com a geração de dois milhões de empregos”, afirmou. O deputado lembrou que a expectativa para 2009 era de 600 mil postos de trabalho e foram gerados mais de um milhão.

Para a deputada Emília Fernandes (PT-RS), também da Comissão de Trabalho, os dados demonstram que as políticas econômica e social implementadas pelo governo Lula estão dando certo. “As políticas de investimento, de infraestrutura estão dando retorno do ponto de vista social, o que era o objetivo maior do governo Lula. Esse é um processo positivo que garante a geração de emprego”, avaliou a parlamentar petista.

Resultado – De dezembro de 2008 para janeiro de 2009, por exemplo, a taxa de desemprego havia avançado 1,4 ponto percentual, influenciada pelos primeiros efeitos da crise. O bom resultado em janeiro aponta que houve menos dispensa dos trabalhadores temporários, com o mercado absorvendo e efetivando esses empregados que eram provisórios.

“O mercado de trabalho continua avançando e, em janeiro, deslanchou. Ele absorveu o trabalho temporário como nunca havia feito antes. Esse dado positivo é ainda mais relevante depois de passarmos por um período de crise. O mercado de trabalho está refletindo o cenário econômico favorável”, afirmou Azeredo, destacando que o emprego com carteira manteve-se em alta. O nível de ocupação também foi recorde para o mês de janeiro. Segundo o IBGE, 52,4% da população com dez anos ou mais de idade estava empregada em janeiro.

Vagas – Entre os setores, a construção registrou a criação de 133 mil novas vagas em janeiro, ou alta de 8,9% frente a igual período em 2009. Em relação a dezembro, houve recuo de 1,5%, ou 24 mil vagas a menos.

A indústria registrou a perda de 79 mil vagas em janeiro, ou retração de 2,2%, na comparação com dezembro. Perante a janeiro de 2009, o recuo foi de 1,6%, o que significou 59 mil vagas a menos.

Já o comércio perdeu 74 mil vagas (-1,8%) em relação a dezembro. Na comparação com janeiro de 2009, houve avanço de 0,4%, ou 16 mil novas vagas sobre igual mês no ano passado. A perspectiva é que a taxa de desemprego suba em fevereiro, a exemplo dos anos anteriores, pela continuidade da dispensa de trabalhadores temporários. Em cidades com forte potencial turístico, como o Rio de Janeiro, a demissão desses empregados ocorre mais tarde, pelo movimento de verão e Carnaval que ajuda a impulsionar a economia dessas regiões.

No Rio, por exemplo, a taxa de desemprego manteve-se estável, em 5,4%. Em relação a dezembro, o setor de construção da região metropolitana do Rio teve o contingente de ocupados ampliado em 6,4%. O segmento de Outros serviços, que inclui o Turismo, registrou ocupação 3,3% maior do que em dezembro.

Em São Paulo, a taxa de desemprego passou de 7,5% para 8%, entre dezembro e janeiro. A indústria paulista perdeu 57 mil vagas no período, o que significou queda de 3,1% frente a dezembro.. Nas demais quatro regiões metropolitanas pesquisadas, Salvador registrou a taxa de desocupação mais elevada em janeiro, com 11,9% da população economicamente ativa à procura de emprego. Em Recife, a taxa de desemprego ficou em 8,6%; em Belo Horizonte, foi de 6,1%, e em Porto Alegre, não passou de 4,3%.

Segundo o IBGE , existem hoje 21,6 milhões de brasileiros ocupados, sendo que 9,8 milhões com carteira assinada e cerca de 1,7 milhão de desempregados, com base na pesquisa realizada em seis regiões metropolitanas dos país: Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Porto Alegre.

Equipe Informes com Agências

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