Na abertura da temporada de captações externas de companhias brasileiras em 2014, a Petrobras realizou nesta terça-feira (7) na Europa a maior captação de recursos de sua história com a emissão de bônus equivalente a quase € 3,8 bilhões. A emissão também foi a maior já feita por uma companhia de país emergente no continente e a primeira operação da estatal no exterior desde maio do ano passado, quando levantou US$ 11 bilhões, um recorde para empresas brasileiras.
A captação da Petrobras foi dividida em quatro tranches (partes específicas do contrato). A estatal emitiu € 3,05 bilhões em títulos denominados na moeda europeia com prazos de quatro, sete e 11 anos. Também foi feita uma emissão de 600 milhões em libras esterlinas com prazo de 20 anos.
Os títulos pagarão retornos ao investidor (“yields”) de 2,829% a 6,732% ao ano, sendo o menor valor para o vencimento de quatro anos e o maior para os papéis que expiram em 2034.
Por meio de nota, a Petrobras informou que o dinheiro será usado para “financiar os investimentos previstos no plano de negócios e Gestão 2013-2017 da companhia”.
A estatal pagou taxas mais elevadas agora do que na última operação no mercado europeu. Porém, de lá para cá os custos de captação subiram para emissores emergentes em geral e para brasileiros em particular. Além disso, o volume levantado pela Petrobras ontem foi maior.
Ao mesmo tempo, a companhia teve um ganho na arbitragem entre as taxas de juros em euros e dólares. Somando o volume captado nas quatro tranches, a Petrobras teve uma economia de cerca de 50 pontos-base em relação ao que pagaria se captasse em dólares.
Equipe PT na Câmara com PT no Senado