A diferença entre Lula e Bolsonaro diante da crise de combustíveis

Foto: Site Lula

Mais um aumento no preço da gasolina (que ultrapassa os R$ 7,50 na maior parte do país) e surge especialista de tudo quanto é lugar pra passar pano pro governo e dizer que a culpa disso tudo é do conflito Rússia e Ucrânia, que fez com que o barril de petróleo passasse de US$ 79 para US$ 113. Parecem se esquecer do que acontecia em 2008, auge da crise mundial, segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o barril do petróleo batia U$ 146 e o litro de gasolina se mantinha em apenas R$ 2,50.

A crise internacional é apenas mais fator no cenário: o brasileiro tem amargado constantes aumentos no preço dos combustíveis desde que Bolsonaro assumiu e a Petrobras mudou sua política de preços, adotando a dolarização, muitos anos antes do conflito.

Hoje o barril de petróleo está custando exatamente US$ 113,89, e o preço médio do litro de gasolina na bomba é de R$7,50. Mas em 2008, quando Lula ainda era presidente, o barril de petróleo custava U$ 146,08 e, mesmo assim, a gasolina chegava a R$ 2,50 na bomba para os brasileiros. Isso mostra que a culpa não é do mercado internacional, mas sim da péssima gestão do governo brasileiro.

 

Foto: Site Lula

Desde que Bolsonaro assumiu, a gasolina já aumento 157%. Em seu governo, a Petrobras adota a política de paridade de preços com o dólar, chamada de PPI (Preço de Paridade Internacional). A dolarização gerou uma escalada de preços que, aliada à desvalorização do real perante o dólar, impacta de maneira hostil o bolso do trabalhador. Bolsonaro reconheceu, depois de 3 anos, que essa política não é boa para o povo, mas mesmo assim disse que não vai intervir. A especialidade dele é só andar de jet-ski nas praias do litoral paulista. Se quer governante, favor passar no ano que vem.

Nos governos Lula e Dilma, a estatal adotava uma política de preços que não repassava a totalidade das variações de curto prazo dos preços internacionais de petróleo para os preços domésticos de derivados. Além disso, na contramão das ameaças de privatização do governo Bolsonaro, que enfraquecem a empresa, Lula valorizava a Petrobras. A estatal se tornou uma das maiores empresas em valor nas Bolsas. Se valia da condição de quase única grande produtora de petróleo, grande refinadora e grande importadora e distribuidora de derivados no país.

No governo Lula, a Petrobras cresceu mais de sete vezes, acumulou lucros recordes de produção, chegou a ser a quarta maior empresa do mundo. O lucro da Petrobras saltou de 74,1 bilhões entre 1995 e 2002 para R$ 245,9 bilhões, um aumento de 231%. Atualmente, a Petrobras tem 30% do seu refino ocioso, enquanto 400 empresas importam gasolina dos Estados Unidos, com preço internacional.

Vale lembrar que a culpa também não é ICMS. Em 2016, o ICMS da gasolina era 27,6% e o valor do litro da gasolina na bomba era R$ 3,60. Em 2021, com a mesma alíquota, o litro do combustível bateu os R$ 7.

No último ano, apesar das alíquotas do imposto estadual não terem sofrido aumento, o valor do combustível subiu, pois é calculado sobre a estimativa do preço médio na bomba.

É importante lembrar que a Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro, seus verdadeiros acionistas, como Lula gosta de lembrar. Ela não é a vilã dessa história, pois está sujeita a decisões vindas do governo brasileiro. O problema do Brasil tem nome: Bolsonaro.

Do site lula.com.br

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