Após deixar país indefeso, governo anuncia aumento-bomba nos combustíveis

Foto: Site do PT

Depois de submeter o país à dependência externa por meio da política de paridade dos preços dos combustíveis às cotações internacionais, o governo anunciou um aumento-bomba dos combustíveis. A Petrobras aumentou o preço da gasolina em 18,8%, do gás de cozinha em 16,1% e do diesel sobe 24,9%. Impacto na economia atinge produção, inflação e empregos. Anunciado nesta quinta-feira, o reajuste entrará em vigor a partir de amanhã.

“Sabe porque a gasolina, o gás e o diesel estão caros?”, questionou o presidente Lula, em entrevista para a Rádio Itatiaia, nesta quinta-feira, 10, pela manhã. E explicou: “porque esse Brasil tinha uma grande distribuidora chamada BR que foi privatizada e agora você tem empresas importando gasolina dos Estados Unidos em dólar enquanto temos auto suficiência e produzimos petróleo em reais”.

Incapaz e entreguista, a direção da estatal sob o comando de Bolsonaro, alegou cinicamente que o mega aumento é apenas aperitivo do que ainda está por vir.  “Apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato”, disse a estatal.

A política de paridade internacional (PPI) foi a primeira medida adotada pelo governo Temer no pós-golpe, implementada pelo então presidente da Petrobras, Pedro Parente Em benefício dos acionistas privados, abandonaram a política dos governos do PT para garantir que flutuações externas não tivessem impacto no abastecimento e nos preços dos combustíveis, protegendo o povo brasileiro.

Mas foi Bolsonaro quem fez questão de manter a política sem sentido do governo anterior. A privatização de refinarias, da BR Distribuidora e de gasodutos terminou de dilapidar a capacidade produtiva da empresa. Além disso, fecharam ou privatizaram as empresas de fertilizantes, expondo a agricultura nacional à dependência externa.

Nesta semana,  levantamento do Observatório Social da Petrobras (OSP), ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), revelou que a gasolina na Refinaria de Mataripe, anteriormente conhecida como Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, custa cerca de 27,4% a mais do que a vendida pela Petrobras.

Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, o entreguismo de Temer e Bolsonaro “impõe a importação de derivados que só beneficia 390 empresas importadoras e acionistas minoritários, favorecidos pela dolarização dos preços que asseguram lucros e dividendos”.

PTNacional

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