A presidenta Dilma Rousseff comemorou neste domingo (24), em postagem na página do Palácio do Planalto no Facebook, o sucesso no leilão da concessão dos aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro) e de Confins (Belo Horizonte). A presidenta declarou que o governo federal tem o objetivo de oferecer serviços públicos de qualidade e, no caso dos aeroportos, construiu um modelo capaz de investir mais e oferecer mais conforto aos passageiros.
“Na sexta-feira, leiloamos a concessão de mais dois aeroportos – Galeão e Confins – e dois fortes consórcios ganharam, pagando mais de R$ 20 bilhões de ágio. No Galeão e em Confins, empresas internacionais, que dirigem aeroportos com grande movimentação de passageiros – Cingapura, Zurich e Munich -, ganharam em parceria com grandes empresas nacionais, a Odebrecht e a CCR”, afirmou a presidenta Dilma.
Ela ressaltou que as companhias privadas são bem-vindas porque trazem melhores práticas do exterior, além de aumentar a capacidade de investimento no país.
“Comemoro o sucesso dos leilões de aeroportos porque confirma o interesse de companhias brasileiras e estrangeiras em investir no Brasil. Demonstram confiança no País e em nosso futuro”, disse.
Com ágio de 251,74% sobre o preço mínimo de R$ 5,9 bilhões, o Governo Federal vai arrecadar R$ 20,838 bilhões. O consórcio Aeroportos do Futuro, formado pela Odebrecht e pela operadora Excelente B.V, pagou R$ 19,018 bilhões pelo Galeão, oferecendo um ágio de 251,74% sobre o lance mínimo de R$ 4,828 bilhões.
A maior disputa ocorreu entre os consórcios AeroBrasil e Aliança Atlântica pelo Confins, embora o preço mínimo fosse de R$ 1,096 bilhão. Nos últimos seis minutos, em lances viva-voz, onde uma pessoa fala o valor da proposta, os dois consórcios alternaram ofertas acima de R$ 100 milhões até o consórcio AeroBrasil levar a melhor e oferecer R$ 1,82 bilhão. Com isso, o ágio ficou em 66% acima do lance mínimo. Esse consórcio é formado pela Companhia de Participações em Concessões (CPC), que terá 75% de participação, e pelas operadoras Zurich Airport International AG, com 24% e a Munich Airport International Beteiligungs GMBH, com 1%.
Esse resultado, que é uma vitória do governo da presidenta Dilma, deve ser comemorado porque os pessimistas não acreditavam que investidores estrangeiros participariam do leilão de concessão onde os vencedores realizarão obras de infraestrutura e vão explorar as atividades dos aeroportos, que voltarão para o controle da União no final dos contratos. O bem público não foi vendido, não foi privatizado.
O resultado também joga por terra a notícia negativa de um estudo feito pela Bloomberg News de que os investidores não teriam interesse no Brasil. O valor arrecadado por esses dois aeroportos, R$ 20,838 bilhões, por exemplo, equivale a cinco vezes mais do que o governo tucano recebeu quando privatizou a Vale do Rio Doce na bacia das almas e apurou somente R$ 3,3 bilhões.
A Infraero continuará a administrar os aeroportos nos primeiros 120 dias, acompanhada pela concessionária vencedora. Após esse período, a operadora privada administrará o aeroporto em conjunto com a Infraero por mais três meses, prorrogáveis por mais três meses.
O vencedor de Confins terá entre suas obrigações a construção de novo terminal de passageiros com no mínimo 14 pontes de embarque e a ampliação do pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016. Os investimentos estão estimados em R$ 3,5 bilhões.
Para o Galeão, o vencedor assume o compromisso de construir 26 pontes de embarque, adequar instalações para armazenamento de carga e ampliar o pátio de aeronaves até 30 de abril de 2016. Também terá que construir um estacionamento com capacidade mínima para 1.850 veículos até o fim de 2015, entre outras exigências. Os investimentos estão estimados em R$ 5,7 bilhões.
PT na Câmara com agências