Insegurança sobre o Auxílio Brasil provoca filas em todo país

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil-Arquivo

Milhares de pessoas beneficiárias do já extinto programa Bolsa Família e também do auxílio emergencial em todo o país estão passando noites em filas na busca por informações mais seguras a respeito do novo programa social anunciado pelo governo Bolsonaro, o chamado Auxílio Brasil.

As incertezas e a insegurança da população brasileira em torno do novo programa, que inclusive deve excluir cerca de 22 milhões de pobres,  tem feito com que milhares de pessoas se sacrifiquem por horas em filas em busca de atendimento.

Em capitais do país, como Recife, Salvador e Belém, as pessoas tem madrugado em filas e formando aglomerações nos postos de Cadastro Único. Segundo o governo será pelo CadÚnico que será pago o Auxílio Brasil. Apesar de o Ministério da Cidadania alegar que os beneficiários do extinto Bolsa Família irão receber o novo benefício automaticamente existem diversos pontos ainda indefinidos sobre o novo programa.

Também as pessoas que antes recebiam o Auxílio Emergencial criado durante a pandemia do novo coronavírus e que foi igualmente cancelado pelo governo tem se dirigido às unidades de assistência social dos municípios, que são responsáveis pelo CadÚnico, em busca de orientações.

Pelo novo programa, também as famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza — com renda por pessoa de até R$ 200 —que não recebiam o Bolsa Família podem ser incluídas no CadÚnico, junto às prefeituras e governos estaduais.

A falta de estrutura das unidades para atender a imensa demanda pelo auxílio, diante da crise social que tem se agravado  a cada dia pela inação do governo Bolsonaro, tem feito com que um grande número de pessoas volte para casa sem conseguir atendimento. As prefeituras têm sido obrigadas a dobrar os postos de atendimento e numero de senhas distribuídas à população em situação de risco social.

Conforme o Partido dos Trabalhadores já havia alertado semanas antes do anúncio do Auxílio Brasil, o novo programa criado em substituição ao Bolsa Família, além de gerar insegurança e exclusão, não passa de uma medida eleitoreira lançada há apenas dois meses do ano eleitoral e que só garante o valor mínimo de R$ 400,00 por família até o final de 2022. Após esse prazo, os recursos não estarão mais garantidos. Ou seja, mais eleitoreiro do que isso, impossível.

Redação da Agência PT

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