Marco Aurélio mantém prisão de governador José Arruda

fora-arrudaO ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve nesta sexta-feira a ordem de prisão preventiva do governador José Roberto Arruda (sem partido), do Distrito Federal. A Ordem dos Advogados (OAB) do Distrito Federal anunciou que apresentará um novo pedido de impeachment contra o governador em exercício, Paulo Octavio (DEM).

Por 12 votos a 2, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou na última quinta-feira o pedido de prisão feito pelo Ministério Publico contra José Roberto Arruda. Ele é acusado de tentar corromper testemunhas e obstruir a Justiça no processo que investiga esquema de corrupção desmantelado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), disse que o fato é “profundamente desagradável” mas é uma exigência da Justiça. “É triste também porque resvala na imagem do homem público. Não podemos vacilar no combate à corrupção. A impunidade é o pior dos males e não existe ninguém acima da lei numa democracia”, disse Ferro.

O esquema revelado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, que deu origem ao inquérito no STJ, consistiu na arrecadação de dinheiro junto a empresas contratadas pelo governo e distribuição de propinas a secretários e deputados distritais. A acusação de obstrução da Justiça se refere a tentativas de compra de testemunhas para que contestassem, em depoimento oficial, as denúncias feitas pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, que gravou em vídeos várias cenas em que Arruda e outros recebem maços de dinheiro que seria de propina.

Além de Arruda, a decisão do STJ determinou a prisão de mais cinco pessoas, pelas mesmas acusações: tentativa de corromper testemunhas e obstruir a Justiça. São eles: o ex-deputado Geraldo Naves, o ex-secretário de Comunicação do governo DF, Wellington Morais, o diretor de operações das Centrais Elétricas de Brasília, Haroldo Brasil de Carvalho e o sobrinho do governador, Rodrigo Arantes. Outro acusado, Antonio Bento, já havia sido preso em flagrante ao tentar subornar Edson Sombra, testemunha do escândalo investigado pela Polícia Federal.

Equipe Informes com agências

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