A deputada Margarida Salomão (PT-MG) ocupou a Tribuna da Câmara nesta segunda (7), para reafirmar a urgência do plebiscito sobre reforma política. Durante sua fala, a parlamentar ressaltou o quanto atitudes como estas são necessárias para a recuperação da credibilidade do Congresso. Ela também lembrou a perda da oportunidade de tal reforma valer em 2014, já que o prazo final para alterações na estrutura eleitoral venceu no último sábado, 5 de outubro, um ano antes do próximo pleito.
Margarida pronunciou-se sobre o que chamou de feira partidária, momento próximo ao dia 5 de outubro que culminou em práticas de filiação que atenderam exclusivamente às conveniências eleitorais.
“A recente tentativa de criação de três novas agremiações – duas delas bem sucedidas – vem na contramão deste processo, contribuindo apenas para banalizar partidos, vida partidária e coerência política.” Em sua opinião, as movimentações para criação de partidos deveriam ter por objetivo expressar um novo conjunto de posições políticas, mas não foi o que o sistema proporcionou.
“A proposta de agremiação, que parecia mais fundamentada socialmente, foi exatamente a que naufragou nos tribunais, o que a levou a enredar-se nas espertezas da política tradicional, espertezas que aparentemente rejeitaria.”
A parlamentar criticou a chamada minirreforma política, definindo-a como uma proposta cosmética e que “em última instância apenas tentam aplacar o desejo de mudanças, mantendo o status quo e dificultando o ingresso no jogo político de representantes das minorias, ou dos setores historicamente mais desfavorecidos.” Como solução, Margarida defendeu a convocação do plebiscito para a Reforma Política e a redução do peso econômico das campanhas eleitorais.
Assessoria Parlamentar