Reação ao Programa Mais Médicos revela intolerância, diz Padre Ton

padreton-D2A reação de entidades como o Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) que protestou contra a chegada de médicos cubanos àquele Estado foi classificada pelo deputado Padre Ton (PT-RO) como uma atitude de “intolerância”, que juntamente com outras “reações raivosas” em diversas cidades do país “mostra completa ausência de preocupação com as pessoas que sofrem nos hospitais públicos implorando por assistência médica”.

Para o deputado Padre Ton, a reação “virulenta” contra uma iniciativa que procura solucionar grave carência humana em lugares mais distantes e também onde há enorme demanda por assistência médica é irracional e remete a um ódio de classe e preconceito contra os estrangeiros que se dispõem a trabalhar com menos conforto, condições precárias e menor remuneração, “o que esses jovens médicos de Fortaleza que vaiaram os profissionais cubanos não parecem dispostos a fazer”.

Padre Ton diz que a intolerância manifestada, sem que as entidades sejam capazes de reconhecer o mérito e a necessidade do programa, ao menos está possibilitando que a sociedade perceba o quanto a medicina brasileira se tornou elitizada, não se importando com “os rincões mais distantes e sofridos do país, como os municípios amazônidas”.

“Em meu Estado, Rondônia, médico vale ouro e mesmo assim há recusa em assumir convocações feitas pelas prefeituras. Foi dada a chance dos nossos médicos trabalharem nos lugares prioritários estabelecidos pelo programa, de alta vulnerabilidade social, carentes, nos Distritos Sanitários Indígenas e regiões metropolitanas, onde o numero de profissionais por mil habitantes está longe de alcançar a média nacional, de 1,8 médicos. Mas a opção preferencial deles, com exceções, não foi a Amazônia ou o semi árido nordestino. Infelizmente, a maioria optou pelo litoral e grandes centros urbanos”, disse Padre Ton.

Por isso, não há outra alternativa para o governo federal a não ser contratar médicos estrangeiros. Segundo o Ministério da Saúde, são mais de 700 cidades do país em completo abandono, com ausência de médicos, e nenhum profissional inscrito no programa se interessou por elas.

Assessoria Parlamentar

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