O deputado Padre João (PT-MG) registrou, em plenário, decisão da Justiça de Minas Gerais, nesta quarta-feira (21), que determinou prisão preventiva do fazendeiro Adriano Chafik e outros três réus acusados da execução de cinco trabalhadores rurais em 2004, no episódio que ficou conhecido como massacre de Felisburgo.
“É uma vitória dos trabalhadores rurais sem-terra e da própria Justiça. Isso significa para nós e para Minas Gerais que não há mais impunidade, sobretudo em relação aos trabalhadores”, afirmou Padre João.
O julgamento dos acusados, marcado para hoje (21), foi adiado pela terceira vez. A Justiça de Minas Gerais agendou nova data para o dia 10 de outubro, mas determinou a prisão preventiva de Chafik e dos outros três réus, Francisco de Assis Rodrigues, Milton Francisco de Souza e Washington Agostinho da Silva. O quinto acusado de participar do assassinato de cinco agricultores, Admilson Rodrigues Lima, morreu no decorrer do processo.
Detalhes – O chamado Massacre de Felisburgo ocorreu em 20 de novembro de 2004, no acampamento Terra Prometida, em Felisburgo (MG), a cerca de 740 quilômetros de Belo Horizonte. Os agricultores Iraguiar Ferreira da Silva, de 23 anos; Miguel Jorge dos Santos (56); Francisco Nascimento Rocha (72); Juvenal Jorge da Silva (65) e Joaquim José dos Santos (48) foram mortos à queima-roupa.
Para o Ministério Público, o fazendeiro Adriano Chafik comandou o ataque logo depois de perder para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) uma ação de reintegração de posse.
Gizele Benitz