Propinoduto tucano: Alckmin quer fazer cortina de fumaça, diz Berzoini

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Alckmin quer fazer cortina de fumaça”, afirmou o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) sobre a declaração do governador tucano Geraldo Alckmin (SP) de que “não houve cartel só no Estado de São Paulo”. Denúncias da empresa Siemens apontam para formação de cartel entre empresas para obras do metrô em São Paulo, num esquema com dirigentes do PSDB no estado.  Segundo Berzoini, o governador paulista tenta iludir a população, “inclusive com apoio de setores da mídia que tratam a declaração como se fosse isenta, quando o governador é uma das pessoas suspeitas de ter participado de um conluio”.

Para Berzoini, o tucano foge da responsabilidade. “Ele deveria apoiar uma investigação independente, como uma CPI na Assembleia Legislativa”.  O deputado deixou claro que não há nenhuma dificuldade por parte do governo federal de aceitar qualquer apuração sobre isso. “Agora, o govenador deveria de cuidar primeiro de fazer uma comunicação ampla e transparente ao povo de São Paulo e ao povo do Brasil sobre o que aconteceu no governo de São Paulo”.

Berzoini ironizou a tentativa de Geraldo Alckmin de posar de vítima. “Ele disse que o Estado é vítima e, de fato, o Estado de São Paulo é vítima de maus governantes nos últimos vinte anos”. Para o deputado, os indícios são de que houve concordância e até estímulo por parte dos mandatários para que houvesse ajuste entre as empresas.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que coordena a coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI no Congresso sobre o caso, concorda com Berzoini. “Está na cara que é uma manobra diversionista para desviar a atenção da população do crime cometido no governo de São Paulo”, disse.

Na tribuna, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) defendeu a instalação da CPI no Congresso. “A gente observa que o propinoduto que existe em São Paulo é forte e precisa ser investigado nesta Casa. Nós, os deputados e senadores, não podemos nos omitir”, afirmou.

Zarattini não vê problema em investigar todas as licitações no mercado ferroviário. “O que não podemos é abrir mão de constituir neste País uma grande rede de metrôs e também não podemos aceitar que sejamos obrigados a pagar preços 30% mais caros do que efetivamente custam os trens e as ferrovias no Brasil”, declarou.

Manifestações – Mesmo com frio intenso e forte chuva na capital paulista, a população foi às ruas protestar contra a quadrilha que lesou o metrô e a Companhia Paulista de Transporte Metropolitano em mais de R$ 500 milhões.

Pacificamente os manifestantes exibiam palavras de ordem exigindo apuração dos fatos. Inicialmente a população se concentrou no Vale do Anhangabaú, depois seguiram para frente do Ministério Público e para Secretaria de Transportes Metropolitanos.

Leia mais: Nova denúncia envolve tucanos em esquema de desvio de recursos em São Paulo

Jonas Tolocka com agências e PTAlesp

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