O Palácio do Planalto não tem ideia de como assegurar que 38 milhões de brasileiros, que hoje recebem o auxílio emergencial de R$ 300, não entrem na miséria a partir de janeiro. Ao adiar indefinidamente a decisão de onde tirar dinheiro para garantir renda básica a quem precisa, o presidente Jair Bolsonaro sabota o país e paralisa ainda mais a economia, sequestrando o futuro do Brasil. Sem querer mexer nos interesses do andar de cima, o ministro Paulo Guedes empurra com a barriga a decisão, porque na sua cartilha só há medidas impopulares e contra os interesses da maioria da sociedade.
“Bolsonaro não tem a menor ideia do que fazer para bancar renda básica para povo e por isso adiou o programa. Já o PT tem proposta concreta. Apresentamos no Congresso o Mais Bolsa Família que será custeado pela taxação dos bilionários que ganharam ainda mais na pandemia”, anunciou a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), nesta quarta-feira, 7 de outubro.
Gleisi voltou a criticar duramente o governo por manter as costas para o povo. “A fuga de investidores mais que dobrou por incompetência de Guedes. Não entrega nada, gera mais incerteza. Quer criar tributo, depois quer cortar direitos… Fora o negacionismo de Bolsonaro que levou a 5 milhões de casos e 150 mil mortes pela Covid. Saída não é a manutenção do teto de gastos a qualquer custo, mas abrir espaço fiscal para atender as carências do povo”, advertiu a deputada.
Em entrevista ao El País nesta quarta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também denunciou a injustiça tributária brasileira, já que as classes altas no país não pagam impostos. O sistema tributário nacional só penaliza trabalhadores e os mais pobres. “Os ricos precisam pagar imposto nesse país”, cobrou Lula. “O governo erra ao considerar que o Estado só existe para garantir a rentabilidade do sistema financeiro”, denunciou Lula. “Não pode continuar assim. O Brasil voltou ao Mapa da Fome, isso não pode ser o ‘novo normal’”.
Mais Bolsa Família
A proposta de aperfeiçoamento do Bolsa Família, que vai garantir dinheiro às famílias que tenham hoje até R$ 600 de renda por pessoa, já está tramitando no Congresso Nacional. O PT lançou uma plataforma para assegurar o apoio popular à tramitação do projeto. No site maisbolsafamilia.pt.org.br é possível assinar um formulário online em apoio ao programa de renda básica que pode assegurar uma retomada da economia e reduzir a histórica desigualdade brasileira. O projeto assegura R$ 300 por cada filho na família, além de dar o mesmo valor do benefício às mulheres grávidas e que estão amamentando.
No Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, lançado pelo PT em setembro, a legenda se propõe a colocar os mais ricos para pagar mais impostos, retirando a pesada carga tributária que hoje recai sobre os trabalhadores e a classe média. O PT propõe uma reforma tributária que isenta de IRPF as camadas mais pobres, com rendimento de até 3 salários mínimos mensais – hoje R$ 3.135 –, que atualmente somam 10 milhões de brasileiros.
Além disso, o PT defende um aumento de imposto para quem tem rendimentos superiores a 40 salários mínimos mensais – R$ 41.800 –, cerca de 0,33% da população do país. A maior taxação quanto à tributação do patrimônio e da riqueza recairá sobre apenas 60 mil pessoas, que somam 0,03% da população brasileira e concentra um patrimônio de cerca de R$ 2 trilhões. A reforma tributária que o PT propõe corrige a injustiça tributária e pode garantir o financiamento do Estado de bem-estar social.
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Por PT Nacional