Petistas apoiam manifestações pacíficas e destacam ações do governo a favor do Brasil

Deputados do PT revezaram-se nesta terça-feira (18), na tribuna da Câmara, para elogiar as manifestações ocorridas em diversas cidades brasileiras. Com uma pauta variada, cerca de 300 mil pessoas ocuparam as ruas em todo o País. Na maioria das cidades o movimento foi pacífico.

Um dos motivos de crítica do movimento, os investimentos para a Copa do Mundo de 2014, foram defendidos pelos deputados petistas. De acordo com o vice-líder da bancada do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), a realização do evento vai trazer um grande legado ao País.

 

“A Copa de 2014 terá um efeito multiplicador, capaz de quintuplicar os investimentos diretos realizados em nosso País, injetando um total de cerca de 150 bilhões de reais, gerando 3,6 milhões de postos de trabalho novos”, afirmou Sibá.

 

Veja trechos das falas dos deputados em plenário:

 

Afonso Florence (PT-BA)  – “Nós, que lutamos tanto pela democratização do País, saudamos a juventude, os dirigentes sindicais e toda a mobilização ocorrida no Brasil em torno de um país mais justo — pauta que mobilizou toda a tradição da esquerda brasileira, dos partidos que compõem hoje o Governo da Presidenta Dilma e a sua base de sustentação”.

Valmir Assunção (PT-BA) – “ Eles (os manifestantes) estão se mobilizando porque estamos num País democrático. Espero que eles também incorporem a pauta da reforma agrária, da demarcação das terras indígenas, dos quilombolas para poder fazer, cada vez mais, um País justo”.

Fátima Bezerra (PT-RN)  – “Infelizmente, essas manifestações têm enfrentado forte repressão policial, como foi inclusive o que ocorreu durante o último protesto realizado em São Paulo no dia 13. Essa repressão do Governo de São Paulo chocou todo o País”.

Ricardo Berzoini (PT-SP) – “Atos isolados de vandalismo não podem estigmatizar o movimento. Saúdo especialmente o movimento porque nós, do PT, acreditamos que povo consciente na rua não deve assustar ninguém. Deve nos estimular a fazer política de maneira mais qualitativa, de ouvir mais quais são as angústias, as demandas, os anseios do povo brasileiro”.

Marcon (PT-RS) – “É inegável os benefícios que a Copa do Mundo e as Olimpíadas trarão ao país. Toda a sociedade está feliz com isto”.

Fernando Marroni (PT-RS) – “Agora, temos mais uma chance de votar o projeto que destina 100% dos royalties para a educação. No momento em que,  de maneira legítima, jovens tomam as ruas do país em manifestações, o projeto da presidenta Dilma pode chegar mais uma vez a este Plenário. Peço, com toda a humildade e de coração, aos deputados que se posicionaram contrários a esta proposta, que repensem a sua posição”.

Benedita da Silva (PT-RJ) –  “Nós estamos fazendo muito, mas o povo quer mais. O povo quer mais do Governo, o povo quer mais do Parlamento, o povo quer mais do Judiciário, o povo quer mais das políticas públicas”.

Luci Choinacki (PT-SC)  – “Quero também cumprimentar os participantes das mobilizações e dizer que é importante que a juventude coloque na sua pauta a reforma política do Brasil. Nós do PT temos como meta importante nessa reforma o financiamento público de campanha para que, cada vez mais, as eleições sejam mais transparentes”.

José Genoíno (PT-SP) – “A democracia tem que dialogar, tem que criar os instrumentos para combinar a sua representação democrática com o diálogo direto com as pessoas, com os movimentos, com os coletivos, com as entidades sindicais, com as forças empresariais”.

Zeca Dirceu (PT-PR) – “Quem para e observa com atenção as manifestações, percebe que 90% a 95% das pessoas que estão ali são pessoas de bem, são jovens, sonhadores, pessoas que têm clareza e percebem que o Brasil mudou para melhor nesses últimos anos. Nós não estamos vendo nenhum tipo de protesto que acuse o Brasil de ter regredido. Estamos vendo, sim, protestos, manifestações de pessoas que querem mais, que sabem do potencial, da capacidade do Brasil”.

Fernando Ferro (PT-PE) – “A democracia é um sistema de conflito de interesses e de suas mediações, portanto, nem podemos ver estas manifestações como a rebelião total, nem podemos desconhecer que algo está errado, algo está faltando. O sentido geral do movimento não pode ser medido por ações de vandalismo de pequenos ou micros grupos, que radicalizados, aproveitam estes momentos para explodir suas intenções”.

Edson Santos (PT-RJ)  – “Nos eventos ocorridos, nas passeatas, nós vimos cartazes e palavras de ordem sobre os mais variados temas. Eu creio que nós, inclusive militantes do Partido dos Trabalhadores, temos que verificar o seguinte: o Brasil avançou muito, mas é preciso muito mais”.  

Padre João (PT-MG) –  “Eu tenho a esperança de que essa alavanca que está nas ruas seja para impulsionar para os avanços e nunca para o retrocesso, porque ninguém, de fato, quer a insegurança que vivemos na década de 90. Ninguém quer isso, ninguém quer o modelo de sucateamento das universidades, ninguém quer o fim dos institutos federais, que houve uma grande retomada nesses últimos anos; ninguém quer a ausência de políticas sociais, que, ao enxergar o pobre, como fez o nosso ex-Presidente Lula e agora a nossa Presidenta Dilma, implica um conjunto de políticas e programas que vem garantir qualidade e dignidade para o ser humano”.

Josias Gomes (PT-BA) – “Este movimento no Brasil ocorre num momento em que estamos com a nossa economia equilibrada. A despeito de todos os problemas que existem, nós estamos vivendo o pleno emprego, as nossas juventudes têm um número de vagas ampliadas cada vez mais para o ensino superior, nós ampliamos o ensino médio tecnológico”.

Jesus Rodrigues (PT-PI) –  “Nós conseguimos erradicar agora recentemente a extrema pobreza. Conseguimos que nenhum brasileiro ganhe menos do que 70 reais por mês, por pessoa, em cada família”.

Paulo Ferreira (PT-RS)  –“Quanto à mobilidade urbana, que se discute há anos, temos que levar em consideração que a população, sobretudo a das periferias, chega a perder 3, 4, 5 horas, por dia, para chegar ao seu local de trabalho. Ficou intolerável para a população. Seria impensável que, em algum momento da nossa trajetória e história políticas, essa população não iria se manifestar”.

Francisco Chagas (PT-SP)  – “Quero fazer justiça ao Prefeito Fernando Haddad, que está cumprindo rigorosamente aquilo que foi aprovado pela sociedade paulistana. Ou seja, ainda este ano vai entregar corredores de ônibus, o bilhete único mensal e trabalhar firmemente para melhorar a qualidade do transporte”.

Paulo Teixeira (PT-SP) – “Nós saudamos a juventude brasileira que vai às ruas com reivindicações justas. A institucionalidade política atual tem demonstrado a sua incapacidade de incorporar esse conjunto de pessoas que ascendem socialmente e que querem ter voz na política, por isso devemos fazer uma reforma política, inclusive para melhorar os partidos”.

 

Heber Carvalho

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