O Deutsche Bank, umas das maiores instituições financeiras do mundo, vê exagero nos comentários negativos sobre a economia brasileira e sinaliza confiança no País. Em nota publicada terça-feira (4), o banco alemão constatou que os comentários sobre o Brasil “se tornaram muito negativos nos últimos 18 meses” e que o México “é o novo queridinho” dos mercados.
“Isso está indo longe demais”, avaliou o Deutsche. Observou que o Brasil teve dois anos consecutivos de crescimento modesto (2,7% em 2011 e 0,9% em 2012), mas que tampouco houve muitos emergentes, e menos ainda economias desenvolvidas, com desempenho melhor, conforme publicou o jornal Valor Econômico.
Para os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Ricardo Berzoini (PT-SP), as observações do banco podem ser contextualizadas e vistas como uma crítica à mídia conservadora brasileira e aos “analistas” consultados por ela, com vínculos com os rentistas e o setor financeiro. O noticiário negativo, numa estratégia combinada com a oposição neoliberal brasileira, visa interesses não só econômicos, mas políticos, eleitorais e ideológicos
Para Berzoini , a mídia brasileira, “em plena campanha eleitoral antecipada, quer criar clima de depressão” no Brasil. “ Os principais dados macroeconômicos desmentem o apocalipse pretendido. O Brasil segue em frente. E o Deutsche Bank sabe disso”.
Zarattini observa que, na falta de votos e de projeto para o País, a oposição neoliberal PSDB/DEM/ PPS insiste em criar um clima de pânico que é incompatível com a realidade econômica e financeira do País. “O Deutsch Bank aponta as perspectivas de crescimento com base em dados reais, num cenário internacional de crise em que o Brasil se destaca como exemplo para a geração de empregos e distribuição de renda”.
Para Zarattini, as críticas da oposição caem no vazio quando confrontadas com a realidade dos números. Ele citou também o caso de ex-presidente tucano Fernando Henrique, que anunciou que anunciou que vai parar de investir na especulação financeira e aplicará seus recursos num fundo imobiliário, cujos ganhos são de longo prazo. “Essa decisão atesta que o Brasil está no rumo certo, na trilha da produção e do crescimento, rompendo com a lógica do imediatismo do mercado financeiro”, comentou o parlamentar.
Ao contrário de certos bancos privados brasileiros, ainda inconformados com a queda da taxa de juros e que apostam num crescimento baixo neste ano, entre 2% e 2,4% , o Deutsche Bank continua a achar que a economia brasileira pode crescer entre 3% e 3,5% , não abaixo disso. E que, dependendo de outras medidas do governo, pode subir para 3,75%.
Equipe PT na Câmara, com informações do Valor Econômico