O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, garantiu que os médicos estrangeiros que virão trabalhar no interior do Brasil passarão por exames criteriosos para exercer a profissão. Durante audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, realizada nesta terça-feira (14), Mercadante esclareceu a proposta do Governo sobre o tema.
A vinda de médicos ao País ocupou a mídia nas últimas semanas de forma equivocada, focando apenas na contratação de médicos cubanos. A prioridade é convocar profissionais de Portugal e Espanha.
O ministro explicou aos parlamentares que os médicos precisarão passar pelo exame conhecido como Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida) para dar validade ao diploma reconhecido em outros países.
“Por que não trazer médicos por período temporário, com tutoria, por um prazo determinado, vinculados às necessidades do SUS, médicos de outros países? Espanha e Portugal têm vários médicos desempregados e interessados em atuar no Brasil”, exemplificou. Além disso, o ministro disse ainda que esses profissionais atuarão apenas no setor público e com um regime diferenciado de contratação.
“O MEC não vai flexibilizar o Revalida e nem vai aceitar médicos que não possuem registro no seu país de origem. Isso é óbvio”, reiterou. Segundo o ministro, o Brasil necessita de mais médicos e de uma melhor distribuição desses profissionais. Além disso, o ministério estuda uma forma de estimular os estudantes de medicina a ingressar em determinadas especialidades em que há carência de profissionais.
“Temos de ter uma visão estratégica. O Brasil precisa ampliar a formação de médicos. Os alunos de medicina no Brasil não querem ser pediatras, não querem ser obstetras e temos de ampliar a oferta nessas áreas. Temos cidades no Brasil que não possuem um médico”, ressaltou.
Agência Senado