Nos próximos meses, um dos principais desafios do Partido dos Trabalhadores e de toda a militância será a promoção de debates em todo o Brasil sobre o legado do PT em seus quatro governos (2003 até o golpe de 2016). A informação foi dada nesta terça-feira (18) pelo líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), após reunião das Bancadas do PT na Câmara e no Senado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para debater a conjuntura e estratégias de enfrentamento do governo de extrema direita Jair Bolsonaro.
“Temos que debater o Brasil que queremos, com geração de empregos, renda, mais educação, saúde e respeito ao meio ambiente, em todos os espaços possíveis, para mostrar as realizações dos governos do PT e mostrar que nosso País pode reaver seu protagonismo no cenário internacional”, disse Verri. Para ele, nas eleições municipais deste ano o partido poderá ter um desempenho bem superior ao de 2016, com reflexo direto no pleito presidencial de 2022.
Segundo o líder petista, Lula, “mesmo com toda a perseguição e injustiça de que é alvo”, mantém-se firme na luta por dias melhores para o Brasil, conseguindo mobilizar tanto as duas bancadas como a militância para o enfrentamento ao governo elitista Bolsonaro. “Lula explicitou a necessidade de percorrermos o País para debatermos o país que queremos”, explicou Verri.
Bolsonaro contra o povo
No encontro com Lula, as duas bancadas expressaram oposição total à agenda neoliberal de Bolsonaro e a seus projetos enviados ao Congresso para destruir direitos sociais e econômicos da população, além de conquistas civilizatórias alcançadas ao longo de décadas. “A linha central de nossa atuação é lutar contra medidas prejudiciais ao povo brasileiro enviada pelo atual governo ao Congresso”, disse o líder do PT. Ele lembrou que o partido tem “propostas concretas para tirar o Brasil da situação lastimável em que se encontra”, afirmou o líder.
Enio Verri observou que o PT tem um Plano Emergencial de Emprego e Renda para gerar 7 milhões de empregos no País, com investimentos públicos a fim de estimular a economia, incluindo a retomada de mais de 8 mil obras públicas paralisadas. O líder do PT denunciou que os projetos de Bolsonaro são basicamente para agradar ao capital financeiro e estrangeiro, com privatizações e entrega de riquezas nacionais e empresas estatais, enfraquecendo a economia brasileira e a soberania do País, que fica incapaz de formular políticas públicas à luz dos interesses nacionais.
Verri qualificou Bolsonaro de “despreparado” para exercer o cargo e o criticou também pelos ataques desferidos contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, que denunciou várias vezes o uso massivo de mentiras e fake news pelo atual presidente da República na campanha de 2018, via whatsapp. Para Verri, os ataques de Bolsonaro à jornalista são “repugnantes”, impregnados de “machismo e misoginia”, além de demonstrar desprezo à liberdade de imprensa.
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