A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e demais centrais sindicais e movimentos sociais vão protestar, nesta sexta-feira (14) em vários estados brasileiros contra o desmonte do INSS e em defesa de servidores e do serviço público prestado pelo Instituto. Confira abaixo a lista dos locais onde tem ato marcado:
Com panfletagens e diálogos – dentro e fora das agências – com a população e os servidores, a manifestação denunciará o desmonte do instituto que tem gerado filas tanto nas agências quanto pela internet e tem prejudicado milhões de brasileiros que estão à espera da análise de pedidos de concessão de benefícios.
Pedidos de aposentadoria, de auxílio-doença, e outros benefícios ficaram ainda mais difíceis para cerca de dois milhões de brasileiros, que aguardam na fila. A liberação do salário-maternidade está atrasada para mais de 108 mil mulheres. Por lei, o prazo máximo para a concessão é de 45 dias.
O caos no INSS é resultado da política contrária à existência de serviço público e pró-privatização do governo de Jair Bolsonaro, que congelou investimentos e cancelou os concursos públicos, o que resultou no fechamento de agências, na falta servidores – nem os que morrem ou se aposentam são substituídos -, e na precarização das condições de trabalho por falta inclusive de equipamentos que funcionem.
Com esse desmonte, as agências do INSS ficaram sobrecarregadas, sem condições de atender à alta demanda de pedidos, ocorridas especialmente por causa da reforma da Previdência que entrou em vigor em novembro do ano passado.
Sindicalistas e a população vão exigir que o governo resolva o caos no INSS. Sérgio Nobre, presidente da CUT Nacional, alerta que “a situação poderá se repetir em outros setores dos serviços públicos como saúde e educação, que já sofreram com cortes em recursos no primeiro ano da gestão do Bolsonaro”.
Governo que não gosta de pobres
A Secretaria Geral da CUT, Carmen Foro, reforça a necessidade de toda a população ter consciência dos problemas que o INSS enfrenta pela falta de estrutura e de servidores. “É o povo, principalmente os mais pobres, que sofrem com essas atrocidades do governo Bolsonaro”.
“Estamos lutando contra a retirada do direito de acesso aos serviços públicos pela população. No caso do INSS, imagine o que as enormes filas causam na vida das pessoas. O que devem estar sofrendo as mulheres que não tem o auxílio-maternidade ou o trabalhador que teve de se afastar do trabalho por motivo de doença. Como fica a vida dessas pessoas?”, questiona a dirigente.
Para ela, as bizarrices do governo Bolsonaro comprovam que o “governo não gosta de pobres”. A lógica de Bolsonaro, afirma Carmen Foro, é perversa por que deixa o serviço público sem servidores para a atender à população, que fica “à mercê da sorte, sem poder receber direitos”.
Carmen ainda avalia que a mobilização do movimento sindical em conjunto com os movimentos sociais começa o ano de 2020 “com toda força na luta contra os ataques do governo Bolsonaro”. Ela cita como exemplos a expressiva greve dos petroleiros, iniciada no dia 1° de fevereiro, e as mobilizações de professores em estados como Ceará e Minas Gerais.
Atos marcados:
Alagoas
Atos em Arapiraca, São José de Tapera, Palmeira dos Índios, Santana de Ipanema e um ato na agência do INSS- Almirante Álvaro Calheiros – Mangabeiras
Bahia
Salvador: Ato Popular contra o Desmonte do INSS está sendo realizado nesta quinta-feira (13), na gerência do INSS de Salvador.
Sindicatos filiados à CUT Bahia participam do protesto
Ceará
Fortaleza: a atividade foi realizada no final de Janeiro, em frente ao prédio da Superintendência do INSS. Trabalhadores estarão em atividades relacionados a greve dos petroleiros e dos servidores de Baturité, Canindé, Maracanaú e Beberibe.
Distrito Federal
Brasília: ato às 11h, na agência do INSS-SAF, Bloco O
Espírito Santo
Vitória: ato nas agências do INSS da capital e no interior do Estado
Goiás
Goiânia: carreata pelo Centro da cidade e debates nas principais agências do INSS e ato na Agência do INSS de Aparecida de Goiânia.
Minas Gerais
Belo Horizonte: assembleia dos trabalhadores da educação, Correios, Petroleiros e Dataprev serão realizadas nesta sexta as 14h. Por isso, não tem atos nas agências.
Pará
Belém: ato na Agência Central do INSS, às 8h
Pernambuco
Recife: ato à partir das 8h na Avenida Dantas Barreto, próximo ao Edifício JK
Rio Grande do Norte
Natal: Ato na Agência do INSS de Nazaré, 8h
Rio Grande do Sul
Porto Alegre: ato à partir das 7h na Travessa Mario Cinco Paus
Santa Catarina
Joinville: ato às 9h, em frente à agência central do INSS, Rua 9 de Março, 241
Blumenau: ato às 12h em frente ao INSS, na Rua Pres. John Kennedy, 25
São Paulo
Capital: concentração na agência da Rua Cel. Xavier de Toledo, 280, com caminhada até a Superintendência do INSS no Viaduto Santa Ifigênia.
São Bernardo do Campo: ato à partir das 8h na agência da Avenida Newton M. de Andrade, 140, no Centro.
Santo André: ato à partir das 8h, na agência da Rua Adolfo Bastos, 520 – Vila Bastos
Baixada Santista: ato à partir das 7h na agência da Av. Dr. Epitácio Pessoa, 441 em Santos
Presidente Prudente: ato à partir das 8h30 na Rua Siqueira Campos, 1315
Campinas: ato à partir das 6h30, na agência da Rua Barreto Leme, 1117, no Centro
Jundiaí: ato às 9h na agência da Rua Barão de Jundiaí, 1150
Sorocaba: concentração às 8h na sede do Sindicato dos rodoviários (Rua Capitão Augusto Franco, 159) com caminhada até a agência do INSS
Itapeva: ato às 9h em frente à agência do INSS (Rua Teófilo David MüZel, 186)
Sergipe:
Aracaju: ato à partir das 7h, em frente à Agência do INSS, na Av. Ivo Prado, 448
Do site da CUT