Representantes de terreiros discutem intolerância religiosa contra candomblé

emilianoO deputado Emiliano José (PT-BA) organizou neste mês uma reunião entre lideranças de terreiros de candomblé e representantes da Secretaria de Segurança Pública da Bahia.

No encontro ficou decidida a formação de comissão que se reunirá com conselhos de segurança de diversos bairros para a elaboração de um plano que contemple o combate a questões como a intolerância religiosa e os atos de violência contra o candomblé. “Os terreiros estão preocupados com a violência que passou a acontecer contra eles. Houve morte de pai de santo, destruição de terreiros, invasão excessiva ao Ilê Axé Opô Afonjá, que completa 100 anos de existência em 2010. Há também o recrudescimento da intolerância ao candomblé por parte de uma parcela de evangélicos, que têm dificuldade de convivência. Isso eu chamo de ecos da escravidão”, disse Emiliano.

Para o deputado, a audiência superou todas as expectativas. “O secretário foi correto, aceitou as sugestões e ouviu cada um dos representantes de terreiros, que fizeram críticas a alguns procedimentos da policia, como a invasão de terreiros em momentos de culto, o que não é usual, mas tem acontecido. É importante destacar que ninguém invade uma missa. Manifestaram também apreensão à violência direta desenvolvida pelo tráfico de drogas”.

Emiliano ressaltou que o candomblé é muito importante como território de paz, de agregação da comunidade, e não está em guerra com ninguém. “É um conjunto de iniciativas sociais e culturais que agrega a comunidade, que dá rumo à juventude. Tudo isso garante que os jovens não se envolvam com a droga, o que irrita alguns traficantes. As mães e os pais de santo são lideranças fortes”.

O parlamentar destacou ainda que foi um passo muito importante e positivo a abertura de diálogo entre o Governo do Estado e os representantes de terreiros. “O importante é que esse diálogo prossiga com a comissão. O candomblé participar dos conselhos de segurança é um passo adiante para que avancemos no convencimento da sociedade para a convivência entre pensamentos, culturas e religiões diversas. A sociedade precisa aceitar as diferenças e conviver bem com elas”, disse.

Assessoria parlamentar

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