“Trabalho Docente e Saúde: efeitos do modelo Neoliberal” é o título do livro que será lançado, nesta terça-feira (30), na Universidade de Brasília (UnB), pelo autor, Carlos Eduardo Soares de Freitas, professor do curso de Direito da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia.
Fruto da sua tese de doutorado, defendida na UnB, o livro de Freitas analisa transformações ocorridas sob a hegemonia do neoliberalismo no mundo do trabalho e, em particular, no universo escolar e na profissão docente no Brasil, que afetou intensamente o ambiente educacional. “O trabalho do professor ficou mais intenso e insatisfeito com a escola, que mudou bastante. Nas palavras deles, que foram a principal fonte de pesquisa, eles deixaram de trabalhar numa ‘escola-escola’ e passaram a trabalhar numa ‘escola-empresa’, passando a enfrentar muitas situações que afetam a sua saúde”, explicou Freitas.
Freitas realizou seu trabalho de campo em escolas do ensino médio privado de Salvador. Sua investigação também se baseou em pesquisas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A categoria marxista de estranhamento – quando a pessoa passa por um processo de embrutecimento na relação com o seu trabalho e se afasta da profissão – também foi usada na tese de Freitas, que identificou uma maior incidência do estresse ocupacional, um aumento da quantidade de dias de ausência por conta de tratamento médico, entre outras consequências da intensificação do trabalho.
O lançamento acontecerá a partir das 10h, no auditório de Sociologia do Instituto Central de Ciências (ICC) da UnB, no campus da Asa Norte.
Equipe PT na Câmara