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De acordo com o petista, Vasconcelos Sobrinho mostrou ao mundo que a caatinga, “além de muito rica, constitui patrimônio biológico único no planeta”. Esse bioma engloba partes dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, concentra espécies da fauna e da flora peculiares e exige técnicas específicas de manejo para evitar a degradação e não sucumbir à desertificação.
“Infelizmente, as condições de preservação da caatinga são entristecedoras. Depois da mata atlântica e do cerrado, ela é o terceiro ecossistema mais afetado pela ação humana. Cerca de 80% de sua área já sofreram algum tipo de alteração, seja pela expansão urbana, seja pela produção agrícola, seja pelo uso de técnicas não sustentáveis de manejo e extração dos recursos naturais”, alertou o parlamentar.
Ele também ressaltou que “a forma irracional” como se deu a exploração da caatinga, durante o período colonial, causou “danos irreparáveis” ao meio ambiente, sendo o pior deles a desertificação de grandes áreas. “Por abrigar população muito numerosa, a pressão pelo uso da água é enorme, tanto para uso doméstico quanto para a agricultura. É urgente, portanto, que medidas sejam tomadas no sentido de preservar o bioma, sem que os moradores da região sejam apenados”, destacou.
Diante da importância da caatinga, Márcio Macêdo se colocou favorável à aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 504/10) que visa a assegurar a exploração dos biomas brasileiros dentro de condições que garantam a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida da população. A matéria, já aprovada no Senado, aguarda a manifestação da Câmara.
“Não queremos que a caatinga acabe! Precisamos, pois, unir forças para que ações integradas e eficientes sejam colocadas em prática. A região carece de novas unidades de preservação, da disseminação de técnicas sustentáveis de manejo florestal e de agroecologia, além de educação ambiental para seus habitantes. Todos esses pontos devem ser contemplados em políticas públicas do governo federal e dos estados, especialmente os do Nordeste”, afirmou.
Assessoria Parlamentar