A atual conjuntura política do País não permite recuos ou concessões: diante da ameaça autoritária, é urgente a necessidade de ampliar a mobilização em defesa da combalida e fragilizada democracia brasileira. Em defesa de Luiz Inácio Lula da Silva. E foi justamente sob esta premissa que membros de comitês populares de todo o Brasil, junto com entidades, movimentos sociais e partidos políticos se reuniram neste sábado (21) para a realização da Plenária Nacional Lula Livre.
O evento, realizado no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, foi fundamental para avaliar o trabalho realizado pelas forças progressistas desde que a prisão política de Lula entrou em curso e para selar mais uma triste página da história nacional.
“Temos aqui representantes de mais de 15 estados com mais de 30 organizações populares que, juntas, estão traçando os planos para continuar a nossa luta e pensar em como a gente pode ampliar a nossa mobilização. É preciso levar para o maior número de pessoas o que significa a prisão do Lula e mostrar que o seu julgamento é uma farsa”, explica o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
O vice-presidente Nacional do PT, Marcio Macedo, foi o representante do partido durante a Plenária e foi enfático ao ver na bandeira Lula Livre a síntese da luta pelo restabelecimento da democracia, contra os retrocessos impostos a toque de caixa por Bolsonaro e em defesa dos direitos da população: “Não tem nenhum acordo com quem discorda da bandeira Lula Livre. É preciso entender que não dá para separar a luta por sua liberdade das demais porque sua prisão é justamente a causa dos principais problemas do país. Precisamos libertar imediatamente o maior líder popular do Brasil”.
Papel dos juristas
A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) tem exercido papel fundamental em defesa da democracia e contra o uso político do judiciário e também marcou presença na Plenária deste sábado. “É muito importante neste momento a reorganização das agendas de luta porque tem acontecido muitos fatos importantes nos últimos meses. Há uma disfuncionalidade clara no sistema com a atuação ilegal de atores do Judiciário e as consequências disso foram muito longe”, explica a jurista Carol Proner, escolhida para falar em nome da entidade no evento.
A advogada é contundente ao atribuir a prisão política de Lula à destruição sistemática das instituições democráticas do País: “Foi a prisão de Lula que criou as condições necessárias para que essa proposta infame de governo que está em andamento fosse levada adiante. Por isso é muito importante que representantes do Judiciário estejam prontos para revelar à população quais os crimes cometidos por quem o condenou”.
Da Agência PT de Notícias